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Pesquisadores da UEL publicaram um estudo sobre aves raras e meio ambiente no Journal for Nature Conservation, relatando o resultado de mais de 10 anos de estudos desenvolvidos no Parque Nacional do Iguaçu, considerada a maior reserva de Mata Atlântica do interior do País. O estudo da UEL intitulado “A importância funcional de espécies raras e dominantes em uma região Neotropical – comunidade de pássaros da floresta” reuniu pesquisadores do Laboratório de Ornitologia e Bioacústica, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, e dos departamentos de Estatística e de Matemática da UEL. A pesquisa representa o maior levantamento quantitativo sobre populações de espécies de aves típicas paranaenses. O resultado quantifica aves raras, intermediárias e dominantes e conclui que as espécies consideradas raras desenvolvem funções ecológicas fundamentais para a biodiversidade, como a dispersão de sementes e o controle das populações de insetos e de roedores. O levantamento teve início em 2011 com as primeiras gravações e observações de aves realizadas ao longo de uma trilha localizada no interior do parque. O monitoramento foi feito sempre entre os meses de outubro e novembro, na mesma trilha, de aproximadamente cinco quilômetros, entre 4h30 e 9h30, horário em que as aves estão mais ativas. Em 10 anos, foram 50 observações. Os dados dos pontos fixos da trilha foram anotados e comparados. O objetivo foi verificar a quantidade, localização e ocupação das espécies. A pesquisa demonstrou que existem 138 espécies de aves na área de estudo, limitada em cinco quilômetros. 78% delas são raras. De acordo com o professor e pesquisador, Luiz dos Anjos, a observação é feita a partir do canto e registrada em um gravador digital. Ele também usa um binóculo para tentar avistar as aves, o que nem sempre é possível. // SONORA LUIZ DOS ANJOS //

Os dados do monitoramento encontraram em média cerca de 80 espécies distintas por quilômetro, uma pequena amostra do total de aves e da rica biodiversidade do parque. (Repórter: Gustavo Vaz)