Adapar intensifica monitoramento do enfezamento do milho; Paraná é o segundo maior produtor
02/01/2023
As ocorrências da cigarrinha-do-milho, agente vetor das doenças denominadas Complexo dos Enfezamentos, têm sido um desafio para os produtores rurais no Estado. Essas doenças prejudicam o desenvolvimento das espigas e causam redução da produtividade. O monitoramento da Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, aliado à pesquisa e à orientação de produtores, tem colaborado para reduzir o problema. Entre as estratégias de manejo geralmente recomendadas está o uso de cultivares com maior tolerância genética. Em setembro, a Adapar instalou armadilhas em propriedades rurais em várias regiões do estado para quantificar a presença das cigarrinhas. Desde então, as substituições desses instrumentos são feitas semanalmente, assim como o envio das amostras para análise do Centro de Diagnósticos Marcos Enrieti, laboratório da Adapar. São 40 pontos de monitoramento com alta e baixa presença de infestação, resultando, até agora, em 374 análises e 5.390 cigarrinhas-do-milho coletadas. A partir das análises, os técnicos observaram que, até a segunda quinzena de novembro, em pontos de alta pressão, a população de cigarrinhas-do-milho não aumenta significativamente. Já com o início do período reprodutivo do milho, o controle químico diminui e a população tende a aumentar até a colheita. Nas áreas monitoradas de baixa pressão há também uma tendência de aumento a partir do início de dezembro, provavelmente estimuladas pelo aumento das temperaturas médias, segundo os técnicos. Para que as cigarrinhas-do-milho transmitam essas doenças, é necessário estarem infectadas por patógenos denominados molicutes ou por viroses que acometem o milho. Cerca de 63% das armadilhas acompanhadas pela Adapar continham cigarrinhas, sendo que 16% estavam infectadas com Fitoplasma, 5% com Espiroplasma e 4% com ambos. O coordenador do programa de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo, destaca que a segunda safra deve continuar com uma presença alta destes insetos. // SONORA MARCÍLIO MARTINS ARAÚJO //
O Paraná é o segundo maior produtor de milho do país, atrás do Mato Grosso. Segundo o Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a produção da primeira safra está estimada em três milhões e 730 mil toneladas em 384 mil hectares. (Repórter: Gustavo Vaz)
O Paraná é o segundo maior produtor de milho do país, atrás do Mato Grosso. Segundo o Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a produção da primeira safra está estimada em três milhões e 730 mil toneladas em 384 mil hectares. (Repórter: Gustavo Vaz)