Aeronave do Estado agiliza transplante de rins em Maringá com captação rápida em Ponta Porã

06/01/2023
Uma aeronave do Governo do Estado, administrada pela Casa Militar, realizou o primeiro transporte de órgãos do ano nesta quinta-feira. A equipe médica da Central de Transplantes de Maringá se deslocou até o município de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para coletar rins e levar até o Hospital São Samaritano, no município do Noroeste paranaense. O trajeto de 250 quilômetros, que levaria em média 7 horas e meia de carro, foi realizado em menos de uma hora pela aeronave. O Paraná é referência nacional no transplante de órgãos, o que se deve a uma série de fatores, entre eles, a estrutura disponível para viabilizar o transporte com muita rapidez. A agilidade é crucial para o sucesso do procedimento por conta do tempo de conservação dos órgãos. Um coração, por exemplo, precisa ser transplantado em até quatro horas. Para um transplante de fígado são necessárias 12 horas. Atualmente, o Sistema Estadual de Transplantes conta com nove veículos e um veículo em cada Organização de Procura de Órgãos, em Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá. Se soma a isso uma equipe de motoristas em Curitiba e o apoio da rede de transporte das Regionais de Saúde no Interior do Estado, além das aeronaves à disposição que garantem a agilidade necessária no transporte. A estrutura robusta se reflete nos números. Entre 2019 e 2022, foram realizadas 362 missões, uma soma de mil horas de voo. Só em 2022, foram 79 missões, totalizando 218 horas de voo. O Estado é líder nacional em doação por milhão de habitantes. De acordo com o último relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, entidade nacional que faz o levantamento desses números, de janeiro a junho do ano passado o Paraná registrou 39,7 doações de órgãos por milhão de população, um aumento de 10% em relação ao índice registrado no final de 2021. O Paraná é seguido pelos estados de Santa Catarina e Ceará. A média nacional é de 15,4 por milhão de população. O Paraná também é líder no transplante de rim e fica com a vice-liderança no transplante de fígado. O Estado ainda apareceu entre as seis unidades da Federação que mais fizeram transplantes de pâncreas, pulmão, medula óssea e córnea. (Repórter: Flávio Rehme)