Água da Sanepar percorre 16,4 mil quilômetros para chegar ao consumidor de Curitiba e Região
09/03/2022
O abastecimento de Curitiba e Região Metropolitana, que consomem diariamente uma média de 770 milhões de litros de água, exige uma engenharia complexa, da captação à torneira. Todo o caminho envolve uma rede de 16.400 quilômetros de tubulação, quatro barragens, cinco estações de tratamento, 82 elevatórias de água tratada, quatro elevatórias de água bruta e 48 reservatórios. O gerenciamento desse sistema é feito pelo Centro de Controle Operacional, que administra os níveis dos reservatórios e o funcionamento regular de toda a malha de distribuição. São 739 pontos de monitoramento de pressão. A cada mês, o Sistema Integrado de Abastecimento de Curitiba e Região Metropolitana tem, aproximadamente, 20 mil análises de água que envolvem 109 parâmetros. A pouca disponibilidade hídrica da Região Metropolitana levou a Sanepar a adotar o modelo de barragens. No período de chuvas, no verão, elas acumulam o máximo de água para o período mais seco, o inverno. São quatro barragens: Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna, que somam 150 bilhões de litros. Mas, antes de armazenar, a Sanepar precisa captar a água e faz isso com estruturas cada vez mais complexas. No final do ano passado, a Companhia começou a operar o sistema de transposição do Rio Capivari, que leva água até a Bacia do Iraí em uma distância de 26 quilômetros. Foram construídos 10 quilômetros de tubulação até um afluente do Rio Timbu que faz o restante do trajeto até o Iraí. Um sistema de três bombas e mais quatro motores, faz a água superar 122 metros de altitude do Morro do Roseira e faz a transposição de uma bacia a outra. Depois disso a água precisa ser tratada. São cinco estações de tratamento que atendem à Região, funcionando 24 horas por dia. A maior delas, a Estação de Tratamento de Água Iguaçu, produz 3.600 litros de água por segundo. Responsável por 40% da água produzida no Sistema, abastece quase dois milhões de pessoas. Para sair das estações de tratamento, a água precisa vencer diferenças de altitude e ter força para circular pela rede de tubulação que soma quase 17 mil quilômetros. Esse processo ganha o reforço de 82 estações elevatórias, que são estruturas de bombeamento. A maior delas, do reservatório Corte Branco, foi reestruturada para aumentar em 30% a capacidade de transferência. (Repórter: Gustavo Vaz)