Casa Gomm abre mostra sobre canoa indígena encontrada em sítio arqueológico
22/09/2023
A Casa Gomm, sede da Coordenação do Patrimônio Cultural, CPC, da Secretaria estadual da Cultura, em Curitiba, abriu para visitação uma mostra sobre o registro do resgate da canoa Ygá-Mirî, patrimônio indígena recuperado em 2018 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional com a ajuda de povos Guarani, no sítio arqueológico da antiga Cidade Real do Guairá. Na exposição, o visitante encontrará uma réplica 3D da canoa; módulos explicativos com informações sobre a descoberta, o resgate e sua conservação; além de acervo histórico com vasos ancestrais encontrados também em sítios arqueológicos no Paraná. Atualmente, a canoa está em exposição no Museu Paranaense. Em 2013, os Avá-Guarani, da aldeia Tekoha Nhemboetê, em Terra Roxa, no Oeste do Paraná, revelaram a existência de indícios arqueológicos de tempos imemoriais. Entre fragmentos cerâmicos e artefatos líticos – feitos de pedra lascada ou polida –, encontraram o remanescente de uma canoa indígena. O local foi monitorado por cinco anos. Com sete metros de comprimento, a canoa foi encontrada com cerca de 70% do material enterrado em um barranco, e 30% exposto ao ar livre. O artefato estava 1,5 metro enterrado. Almir Pontes, geógrafo da Coordenação do Patrimônio Cultural, relata que acharam que o tamanho da canoa era ainda maior. // SONORA ALMIR PONTES //
O nome Ygá-Mirî, foi dado após um ritual de batismo. O projeto Ygá-Mirî tem a abordagem da arqueologia colaborativa, isto é, a ideia que defende um compartilhamento equiparado do passado entre cientistas e membros das comunidades. Vitor Hugo Silva, antropólogo consultor, explica que isso é importante porque expressa uma relação de respeito com essas populações. // SONORA VITOR HUGO //
A época provável em que a canoa foi utilizada é entre 1557 e 1632. Nesse período, existiu a Cidade Real do Guairá. Ela foi fundada em território Guarani, na década de 1550, por militares espanhóis que procuravam expandir seu domínio colonial a partir do Paraguai. A canoa que está no Museu Paranaense deve ser encaminhada para o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná. (Repórter: Victor Luís)
O nome Ygá-Mirî, foi dado após um ritual de batismo. O projeto Ygá-Mirî tem a abordagem da arqueologia colaborativa, isto é, a ideia que defende um compartilhamento equiparado do passado entre cientistas e membros das comunidades. Vitor Hugo Silva, antropólogo consultor, explica que isso é importante porque expressa uma relação de respeito com essas populações. // SONORA VITOR HUGO //
A época provável em que a canoa foi utilizada é entre 1557 e 1632. Nesse período, existiu a Cidade Real do Guairá. Ela foi fundada em território Guarani, na década de 1550, por militares espanhóis que procuravam expandir seu domínio colonial a partir do Paraguai. A canoa que está no Museu Paranaense deve ser encaminhada para o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná. (Repórter: Victor Luís)