Censo: Paraná recebeu 377 mil migrantes de outros estados e países entre 2017 e 2022

27/06/2025
O Paraná recebeu 377.237 migrantes vindos de outros estados e países entre 2017 e 2022. Outros 32.394 estrangeiros se naturalizaram brasileiros e escolheram o território paranaense como novo lar, o que consolida o Estado como o segundo com mais naturalizações no Brasil, atrás apenas de São Paulo. As informações compõem os mais recentes dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Do total de migrantes que chegaram ao Paraná, 327.943 vieram de outras unidades da federação. No mesmo intervalo, 242.898 paranaenses deixaram o Estado para residir em outras regiões do País. Com isso, o Paraná obteve um saldo migratório interno positivo de 85.045 pessoas, o 5º maior do Brasil. De acordo com o IBGE, o Estado também apresentou uma taxa líquida de migração de 0,74%. Essa taxa representa o saldo entre quem entrou e quem saiu de determinado território, dividido pela população total e multiplicado por 100. No caso do Paraná, isso mostra que o crescimento populacional decorrente da migração foi proporcionalmente positivo no período analisado. Dentre os migrantes, 49.294 são estrangeiros com cinco anos ou mais de idade que viviam fora do Brasil até 2017. Este contingente é tratado separadamente dos naturalizados pelo IBGE. A América Latina foi a principal origem. Os venezuelanos lideram com 22.125 residentes, seguidos por 7.709 paraguaios, 3.971 haitianos e 1.787 argentinos. A presença estrangeira no Estado também se estende a outras regiões do mundo, se destacando 2.003 pessoas dos Estados Unidos. Ao todo, o Estado contabiliza imigrantes de 71 nacionalidades distintas. O Paraná também se destaca no cenário nacional em relação à concessão de cidadania brasileira a estrangeiros. Segundo o levantamento, o Estado registra 32.394 naturalizados, cerca de 15% do total nacional. O dado não está incluído no número de imigrantes estrangeiros não naturalizados. Na última semana, o Paraná firmou um acordo de cooperação com a Organização Internacional para as Migrações, órgão vinculado à ONU, para fortalecer políticas públicas de acolhimento e proteção aos migrantes, com foco especial naqueles em situação de maior vulnerabilidade social. (Repórter: Gustavo Vaz)