Cientistas da Unicentro testam pesquisas no maior acelerador de partículas do Hemisfério Sul

08/08/2025
Pesquisadores da Unicentro lideraram desde o mês passado uma missão científica no Sirius, o maior acelerador de partículas do Hemisfério Sul. Localizado em Campinas, em São Paulo, o equipamento é operado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, uma das quatro unidades do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A equipe formada pelo professor do Departamento de Física, Valdirlei Fernandes Freitas, e pelos pesquisadores Fernanda Barbieri de Lara e Maurício Mazur, do Programa de Pós-Graduação em Nanociências e Biociências, também foi integrada pelo professor Ivair Aparecido dos Santos, da UEM. A proposta de pesquisa foi aprovada em um edital público com seleção nacional e internacional. Os estudantes contaram com apoio direto do Centro Nacional para participarem presencialmente, com despesas de transporte, alimentação e hospedagem custeadas pela instituição. Já os docentes usaram recursos de projetos vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Materiais Ferróicos para Conversores de Energia e o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Energia Zero-Carbono. A atividade buscou desvendar a estrutura de materiais com potencial para aplicações fotovoltaicas, trazendo importantes avanços na área de energias renováveis. O Síncrotron é um tipo especial de acelerador de partículas que gera luz síncrotron, uma radiação eletromagnética extremamente brilhante e precisa. Essa energia é produzida quando elétrons são acelerados a velocidades próximas à da luz e desviados por campos magnéticos dentro de uma estrutura circular. A infraestrutura do Sirius permite o estudo detalhado de materiais em nível atômico, sendo essencial para o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e sustentáveis. Os dados obtidos pela equipe da Unicentro ainda são computados devido à complexidade. Os resultados preliminares, no entanto, indicam um cenário promissor. Os experimentos vão servir de base para novos avanços na área de energias renováveis. (Repórter: Gustavo Vaz)