Clima tem favorecido o plantio de trigo e colheita de feijão no Paraná
07/06/2023
O início de junho mais seco, mas mantendo a umidade no solo, tem favorecido o plantio de trigo no Paraná. A ausência de chuvas também ajuda na colheita e na qualidade do feijão. Essas são duas das culturas agropecuárias comentadas pelos técnicos do Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 2 a 7 de junho. O trigo, principal cultura do outono/inverno paranaense, já está semeado em 75% da área estimada de um milhão e 380 mil hectares. A umidade que se manteve no solo após chuvas no final de maio e a presença do sol no momento imediatamente posterior ajudaram e permitiram o avanço dos trabalhos no campo. No entanto, os produtores de trigo começam a se preocupar com a rentabilidade financeira. Em maio a saca valia 69 reais em média, 30% inferior aos 98 reais do mesmo mês do ano passado. Esse valor é também inferior aos custos variáveis para produzir a saca, calculados em 73 reais. Já os produtores de feijão colheram 54% dos 299 mil hectares cultivados. Ainda que a falta de chuvas ajude nesse processo e na qualidade do produto colhido, as lavouras que em maio estavam em fases que necessitavam de umidade tiveram redução na produtividade, segundo os técnicos de campo. O preço do feijão está em queda contínua tanto para o produtor quanto no atacado, resultado do aumento da oferta neste período. Na última semana o feijão tipo cores foi vendido no atacado a 215 reais o fardo de 30 quilos, com queda de 7% no período de uma semana. Já o preto ficou em 145 reais, redução de 2%. Para o desenvolvimento do milho, a falta de chuvas é prejudicial, podendo influenciar na produtividade. Nesta semana 85% da área tem condição boa, 13% mediana e 2% ruim. As primeiras colheitas do milho segunda safra já podem ser verificadas em alguns pontos da região Sul. O boletim também analisa a produção e comercialização da manga. No Paraná, a área colhida em 2021 foi de 410 mil hectares, o que rendeu sete mil e 600 toneladas e Valor Bruto de Produção de mais de 19 milhões de reais. Cerca de um terço da produção está na região de Cascavel, mas Uraí, no Norte Pioneiro, é o maior produtor individual, com 12,5% das colheitas paranaenses. Com 830 mil litros de leite industrializados no primeiro trimestre de 2023, o Paraná se mantém na segunda colocação no ranking de maiores produtores nacionais, atrás de Minas Gerais. Na última semana os produtores paranaenses receberam em média quase três reais por litro entregue nos laticínios, com pequena diferença em relação à semana anterior. O documento apresenta ainda os números de exportação brasileira de carne de frango no primeiro quadrimestre de 2023. Foram enviadas um milhão e 700 mil toneladas para o Exterior, 13,5% superior ao acumulado de 2022. Em faturamento, o aumento foi de 20,2%. Foram três bilhões e 300 milhões de dólares contra dois bilhões e 700 milhões de dólares. O boletim completo você confere no site www.agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)