Com 3 milhões de "faltosos", Saúde reforça necessidade de aplicação da dose reforço contra a Covid-19

22/03/2022
Com o novo cenário da flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos no Paraná, a vacinação contra a Covid-19, organizada pela Secretaria de Estado da Saúde e pelas 399 secretarias municipais, ganha um papel ainda mais importante. Quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa, com duas doses ou dose única, mas muitos paranaenses acima de 18 anos não compareceram ainda aos postos de saúde para a aplicação da dose de reforço, que aumenta a quantidade de anticorpos contra o vírus. Um levantamento realizado pela Secretaria nesta segunda mostra que 3.862.627 pessoas tomaram a primeira e segunda doses e por algum motivo não retornaram para a dose de reforço no prazo recomendado pelo Ministério da Saúde. Os dados são da Interface de Programação de Aplicações de Consumo de Dados contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde e são mais fiéis do que o Vacinômetro nacional porque refletem um cruzamento de CPFs, impedindo eventual duplicidade ou atraso na notificação. O número de 3.862.627 pessoas leva em consideração um universo de 8.207.305 pessoas aptas a tomarem o reforço, representando quase 50% dessa população. Existe uma prevalência de ausência na faixa etária de 20 a 34 anos. Na outra ponta, 81,97% dos que têm entre 70 e 74 e 81,28% dos que têm entre 65 e 69 anos tomaram o reforço. Há algumas diferenças para os dados públicos do Ministério da Saúde. Segundo o Vacinômetro, 8.952.981 pessoas receberam a segunda aplicação ou dose única, sendo que 91% correspondem ao registro de doses aplicadas em maiores de 18 anos e 8% em menores de idade, enquanto 3.968.486 tomaram a dose de reforço, resultando em pouco mais de quatro milhões e 200 mil “faltosos”. A diferença acontece porque o levantamento da Secretaria contabiliza apenas os esquemas completos realizados no Estado, desconsiderando aquelas pessoas que tomaram apenas uma dose do esquema primário no Paraná. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou a importância de manter a vacinação em alta para a pandemia ficar em baixa.// SONORA BETO PRETO.//

A dose de reforço é para aqueles que já completaram o esquema primário e têm mais de 18 anos, além de gestantes e imunossuprimidos. O intervalo deve ser de quatro meses entre as doses da CoronaVac/Butantan, AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/BioNTech. Para quem tomou a dose única da Janssen/Johnson&Johnson, o Ministério da Saúde recomenda um intervalo de dois meses com o mesmo imunizante. A lista com os municípios com mais faltosos está disponível do site aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)