Com Plano Estadual do Clima, sistema de agricultura do Paraná assume desafios ambientais
06/06/2023
O Estado apresenta nesta Semana do Meio Ambiente o Plano ABC+ Paraná, Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária. O documento, já discutido em várias reuniões, tem como base o plano do Governo Federal, que estabelece desafios a serem vencidos até 2030. O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou a importância do trabalho a favor de um Planeta melhor e salientou a contribuição que o Estado já tem dado nessa direção. // SONORA RATINHO JUNIOR //
Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o setor agropecuário paranaense vai contribuir na garantia de um futuro saudável. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //
O Paraná tem tradição de boas práticas agropecuárias, entre elas o Sistema de Plantio Direto, que nasceu no início da década de 70. A partir de 2009 o Estado assumiu as orientações da COP-15, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, realizada em Copenhague, na Dinamarca. Naquele evento, o Brasil se comprometeu a reduzir de 36% a 39% a emissão de gases de efeito estufa até 2020. A ação se fortaleceu quando o Estado referendou o Programa ABC, do Governo Federal, apresentado em 2015 na COP-21, da qual resultou o Acordo de Paris, que tinha metas ambiciosas. Em 2021 foi acrescentado um + ao ABC, com a criação de uma linha de crédito destinada ao financiamento de tecnologias e sistemas de produção nas propriedades rurais, para promover uma agropecuária mais adaptada à mudança climática e também mitigadora de gases de efeito estufa. O Segundo Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Paraná, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Simepar, apontou que 58% das emissões em 2019 tiveram origem nos setores de pecuária, agricultura e mudança no uso da terra. Segundo Norberto Ortigara, a responsabilidade do agricultor e do pecuarista é grande e decisiva quando se trata de fixar carbono nos processos produtivos. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //
O Plano ABC+ Paraná foi elaborado com a participação de várias entidades públicas e privadas. O Estado se propõe a recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, qualificar o uso de Sistema de Plantio Direto de Grãos em 400 mil hectares e ampliar em quatro mil hectares o uso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. A tecnologia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta também deve ser estendida para mais 500 mil hectares. Em Sistemas Agroflorestais, a ampliação será em 30 mil, enquanto as florestas plantadas devem ocupar mais 220 mil. O Plano também privilegia o uso de bioinsumos em 430 mil hectares e de sistemas de irrigação em 48 mil, além da ampliação em 79 milhões de metros cúbicos do Manejo de Resíduos de Produção Animal. O Estado assume ainda o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva. O objetivo estabelecido pelo Brasil no Plano ABC+ é de reduzir a emissão de carbono em um bilhão e 100 milhões de toneladas até 2030, ou metade do que se emitiu em 2005. (Repórter: Gustavo Vaz)
Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o setor agropecuário paranaense vai contribuir na garantia de um futuro saudável. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //
O Paraná tem tradição de boas práticas agropecuárias, entre elas o Sistema de Plantio Direto, que nasceu no início da década de 70. A partir de 2009 o Estado assumiu as orientações da COP-15, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, realizada em Copenhague, na Dinamarca. Naquele evento, o Brasil se comprometeu a reduzir de 36% a 39% a emissão de gases de efeito estufa até 2020. A ação se fortaleceu quando o Estado referendou o Programa ABC, do Governo Federal, apresentado em 2015 na COP-21, da qual resultou o Acordo de Paris, que tinha metas ambiciosas. Em 2021 foi acrescentado um + ao ABC, com a criação de uma linha de crédito destinada ao financiamento de tecnologias e sistemas de produção nas propriedades rurais, para promover uma agropecuária mais adaptada à mudança climática e também mitigadora de gases de efeito estufa. O Segundo Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Paraná, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Simepar, apontou que 58% das emissões em 2019 tiveram origem nos setores de pecuária, agricultura e mudança no uso da terra. Segundo Norberto Ortigara, a responsabilidade do agricultor e do pecuarista é grande e decisiva quando se trata de fixar carbono nos processos produtivos. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //
O Plano ABC+ Paraná foi elaborado com a participação de várias entidades públicas e privadas. O Estado se propõe a recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, qualificar o uso de Sistema de Plantio Direto de Grãos em 400 mil hectares e ampliar em quatro mil hectares o uso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. A tecnologia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta também deve ser estendida para mais 500 mil hectares. Em Sistemas Agroflorestais, a ampliação será em 30 mil, enquanto as florestas plantadas devem ocupar mais 220 mil. O Plano também privilegia o uso de bioinsumos em 430 mil hectares e de sistemas de irrigação em 48 mil, além da ampliação em 79 milhões de metros cúbicos do Manejo de Resíduos de Produção Animal. O Estado assume ainda o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva. O objetivo estabelecido pelo Brasil no Plano ABC+ é de reduzir a emissão de carbono em um bilhão e 100 milhões de toneladas até 2030, ou metade do que se emitiu em 2005. (Repórter: Gustavo Vaz)