Com apoio de voluntários, IAT continua supressão de árvore invasora no Parque de Vila Velha

15/05/2023
O sábado foi de muito trabalho para um grupo de voluntários no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Armados com capacetes, perneiras, motosserras e muito protetor solar, os 35 “amigos do meio ambiente” passaram o dia cortando pinus, árvore considerada invasora à vegetação local. A ação se repete há oito meses e tem feito a diferença no trabalho de conservação da biodiversidade da região. Amparados pelo Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação do Paraná do Instituto Água e Terra, IAT, os voluntários já conseguiram remover cerca de mil hectares da espécie exótica de uma área total de 3,2 mil hectares. A meta é acabar com a presença de pinus no local até o fim deste ano. Essa recuperação ambiental ganha respaldo na ciência. De acordo com o Programa do Estado do Paraná para Espécies Exóticas Invasoras, desenvolvido pelo IAT, essa invasão biológica é considerada a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo – a primeira quando se considera apenas ilhas e Unidades de Conservação. O chefe do IAT na Unidade de Conservação, Juarez Bascoski, explicou sobre a ação dos voluntários. // SONORA JUAREZ BASCOSKI //

O voluntário Cleiton Daniel Carvalho, ressaltou a importância das ações dos voluntários. // SONORA CLEITON DANIEL //

Promotor de Justiça e um dos líderes dos voluntários, Fábio Grade reforçou que a maior motivação para o grupo é conservar a região. // SONORA FÁBIO GRADE //

Gerente de Biodiversidade do IAT, Patrícia Calderari, explicou que uma espécie é considerada exótica ou invasora quando se estabelece fora de sua área de distribuição natural e, sem a intervenção humana, tem a capacidade de sobreviver e proliferar, avançando sobre espécies locais e ameaçando habitats naturais, o que causa impacto ambiental negativo. // SONORA PATRÍCIA CALDERARI //

Esse é o caso do pinus. Espécie de pinheiro, originário da América do Norte, foi inserido no Brasil há mais de um século para fins ornamentais. Porém, desde 1960, é cultivado em larga escala comercial como matéria-prima em indústrias de madeira, laminados, resina, celulose e papel, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País. O diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, destacou que o Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação do Paraná é o único do Brasil a oferecer seguro individual para o voluntário cadastrado, já que a atividade é considerada de risco moderado. // SONORA RAFAEL ANDREGUETTO //

Os interessados em colaborar com as ações de limpeza das áreas verdes podem se cadastrar no site do IAT para atuar nas mais diversas modalidades, desde o atendimento a turistas, até atividades administrativas e práticas. O Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação do Paraná possibilita o ingresso de pessoas que colaboram em atividades de manejo e gestão para proteger as Unidades de Conservação do Paraná. Ao atuar como voluntário o indivíduo ou grupo tornam-se agentes transformadores, doando tempo e conhecimento em benefício da sociedade, do bem público e em prol da conservação ambiental. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Estadual, o Parque Estadual Vila Velha tem 3,2 mil hectares e completa 70 anos em 2023. (Repórter: Victor Luís)