Com apoio do BRDE, empresa quer neutralizar 80% do consumo energético com novo projeto
23/01/2023
Em 2022, o BRDE, Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul, assumiu o compromisso em ampliar o financiamento de projetos que aderem aos ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A meta foi alcançada já no segundo semestre do ano passado, quando o banco atingiu quase 80% de aderência aos ODS nas contratações. O destaque são para as operações voltadas à produção e consumo sustentáveis, redução de impactos climáticos e geração de energias limpas e renováveis. É o caso da empresa agrícola de Fábio Schmidt, a Protecta, que pretende neutralizar até 80% do consumo de energia com a construção de um biodigestor. Fundada por João Conrad Schmidt, o negócio de agricultura familiar hoje administrado pelo filho, Fábio Schmidt, fica localizado no município de Ipiranga, nos Campos Gerais. A família tem produção de grandes culturas e sementes, faz armazenagem, além de criar bovinos e suínos, entre outras atividades agropecuárias. O grande volume de produção gera um gasto energético alto, o que despertou em Fábio o interesse por procurar alternativas mais sustentáveis e vantajosas economicamente. //SONORA FÁBIO SCHIMIDT//
A criação de suínos e bovinos produz estercos que são jogados em uma lagoa de decantação. A parte mais pesada do dejeto desce e cria uma espécie de lodo. Em cima, surge um caldo de matéria orgânica. A fermentação da matéria orgânica decantada gera gases de efeito estufa que, se lançadas para a atmosfera, prejudicam o meio ambiente. O projeto do biodigestor consiste em bloquear a passagem desse ar por meio de uma superfície na qual é instalado um condutor desse gás inflamável para um gerador movido a gás biometano e, assim, gerar energia elétrica. Além disso, os resíduos orgânicos são utilizados como fertilizantes na produção agrícola. O projeto foi aprovado pelo BRDE no final de 2022 e está em fase de construção. De acordo com o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, a pulverização de recursos permitiu que médios, pequenos empreendedores pudessem investir em mais projetos, com a redução dos valores contratados e assim, alavancando não só a economia do Paraná, mas como de todo o Sul. No ano passado, o BRDE fechou em 4 bilhões e 400 milhões de reais em contratações, das quais quase 80% aderem aos ODS. Apenas para o Estado do Paraná, foi um bilhão e 700 milhões de reais em contratações. Parte delas, do Banco do Agricultor Paranaense, um instrumento que possibilita ao governo do Estado conceder subvenção econômica a produtores rurais, cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e a agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia e programas destinados à irrigação, entre outros. Em 2022, o Banco do Agricultor Paranaense contratou 537 operações, somando quase 127 milhões de reais. (Repórter: Flávio Rehme)
A criação de suínos e bovinos produz estercos que são jogados em uma lagoa de decantação. A parte mais pesada do dejeto desce e cria uma espécie de lodo. Em cima, surge um caldo de matéria orgânica. A fermentação da matéria orgânica decantada gera gases de efeito estufa que, se lançadas para a atmosfera, prejudicam o meio ambiente. O projeto do biodigestor consiste em bloquear a passagem desse ar por meio de uma superfície na qual é instalado um condutor desse gás inflamável para um gerador movido a gás biometano e, assim, gerar energia elétrica. Além disso, os resíduos orgânicos são utilizados como fertilizantes na produção agrícola. O projeto foi aprovado pelo BRDE no final de 2022 e está em fase de construção. De acordo com o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, a pulverização de recursos permitiu que médios, pequenos empreendedores pudessem investir em mais projetos, com a redução dos valores contratados e assim, alavancando não só a economia do Paraná, mas como de todo o Sul. No ano passado, o BRDE fechou em 4 bilhões e 400 milhões de reais em contratações, das quais quase 80% aderem aos ODS. Apenas para o Estado do Paraná, foi um bilhão e 700 milhões de reais em contratações. Parte delas, do Banco do Agricultor Paranaense, um instrumento que possibilita ao governo do Estado conceder subvenção econômica a produtores rurais, cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e a agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia e programas destinados à irrigação, entre outros. Em 2022, o Banco do Agricultor Paranaense contratou 537 operações, somando quase 127 milhões de reais. (Repórter: Flávio Rehme)