Com apoio do Estado, jovens e adultos com deficiências física ou visual curtem ondas no Litoral

31/01/2023
O amapaense Jonathan Tourinho, de 16 anos, que nunca havia entrado no mar, teve sua primeira experiência em Guaratuba. O jovem tem deficiência física e precisa de uma prótese na perna para se locomover desde que sofreu um acidente de carro em 2014. No Litoral do Paraná, além da estreia, Jonathan pode sentir por um dia como é ser um surfista bodyboarding.// SONORA JONATHAN TOURINHO.//

A oportunidade chegou graças a uma oficina desta modalidade paradesportiva, realizada no último fim de semana, em Guaratuba, durante a 1ª etapa do Circuito Paranaense de Bodyboarding 2023. A curitibana Madriele de Souza Xavier, de 45 anos, possui baixa visão e o único contato com o mar era apenas na beira, molhando os pés.// SONORA MADRIELE DE SOUZA XAVIER.//

A iniciativa, que fez parte dos Jogos de Aventura e Natureza do Verão Maior Paraná, contou com 12 participantes com deficiência física e visual. Durante a ação, eles foram instruídos por atletas experientes no esporte, que se dedicaram a ensinar a parte teórica e, depois, colocar o conhecimento em prática, dentro do mar. O Estado forneceu vans para o deslocamento dos atletas e convidados, além de toda a estrutura para a realização do campeonato e da oficina, como arquibancadas, tendas, uniforme e alimentação. O evento foi organizado pela Federação Paranaense de Bodyboarding, com apoio do Governo do Estado, por meio do programa O Paradesporto que Queremos, lançado pelo governador Ratinho Junior em junho de 2022. A iniciativa tem como foco aprimorar as políticas públicas de incentivo do paradesportos e ampliar as ações voltadas às modalidades deste segmento, seguindo os princípios do Sistema Esportivo Federal e da Lei Geral do Esporte do Estado do Paraná. Na época, o programa foi promovido pela Superintendência Geral do Esporte, que passou a ser Secretaria neste ano. Com a mudança, haverá uma nova diretoria e ele será reformulado para que iniciativas como essa aconteçam com uma frequência ainda maior. Para o coordenador do Paradesporto, Mário Sérgio Fontes, iniciativas como essa são fundamentais para que pessoas com algum tipo de deficiência sejam incluídas na sociedade.// SONORA MÁRIO SÉRGIO FONTES.//

Guta Borges, atleta profissional de bodyboarding há mais de 20 anos e dona de um currículo com competições a nível nacional e internacional, foi uma das instrutoras. Muito emocionada, ela disse que nunca vai esquecer da experiência de ajudar pessoas a realizarem sonhos.// SONORA GUTA BORGES.//

O Paraná é referência nacional no desenvolvimento de ações voltadas à prática paradesportiva, como os Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná, que em suas duas últimas edições tiveram um investimento médio de dois milhões e 400 mil reais e a participação de três mil e 500 atletas. Outra iniciativa de sucesso é o programa Geração Olímpica e Paralímpica, que atua com bolsa-atleta e se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do Estado e também uma referência em todo Brasil. Nos últimos quatro anos, o Geração Olímpica e Paralímpica realizou 650 atendimentos ao paradesporto e teve um investimento de três milhões e 400 mil reais. Como resultado, os bolsistas do programa conquistaram nove medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. A próxima etapa do Circuito Paranaense de Bodyboarding 2023 será em março. Uma semana antes do evento, a equipe responsável fará uma análise das condições de tempo para verificar a viabilidade de realizar uma nova oficina com deficientes físicos e visuais. O Verão Maior Paraná tem ações voltadas aos veranistas e à comunidade local, com uma série de práticas relacionadas ao entretenimento. Acesse o site www.verao.pr.gov.br e confira a programação completa das atrações promovidas pelo Governo do Estado. As ações acontecem nos municípios do Litoral, além de Porto Rico e São Pedro do Paraná, no Noroeste. (Repórter: Felippe Salles)