Com aporte de R$ 3 milhões do Estado, Paraná ganha rede de pesquisas sobre hidrogênio verde
18/05/2023
O Paraná tem se destacado no cenário nacional pelo fomento às pesquisas na produção de hidrogênio renovável, uma das principais apostas quando o assunto é a necessária transição energética. Mais um passo para desenvolver esta cadeia foi dado nesta quinta-feira, com a criação do NAPI-H2, Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação, que recebe um aporte de 3 milhões de reais do Governo do Estado para impulso às atividades de pesquisa. A iniciativa envolve a Fundação Araucária e a Universidade Federal do Paraná, que já tem trabalhos importantes sobre o tema. O novo Napi é instituído após a sanção, no início do mês, da lei relativa a essa energia durante o primeiro fórum paranaense dedicado a esta matriz energética renovável. O objetivo geral do NAPI-H2 é estruturar a criação de uma rede de pesquisa e inovação na área do hidrogênio renovável de baixo carbono no Paraná, buscando articular ações que envolvam instituições públicas e privadas, de forma a impulsionar, principalmente, o desenvolvimento de tecnologias, a oferta de serviços, e a formação de recursos humanos especializados. Esse contrato, de acordo com o secretário do Planejamento, Guto Silva, cuja pasta capitaneia a organização de iniciativas estaduais para dar mais eficiência ao processo de transição energética, tem como foco o eixo de ciência e tecnologia, ao criar uma rede de pesquisadores. // SONORA GUTO SILVA //
O secretário cita que o Paraná caminha a passos largos para liderar esse processo no Brasil, que visa atender a necessidade de energia renovável e limpa, e também de fertilizante verde, outra cadeia derivada do hidrogênio renovável, voltada à descarbonização da indústria, além de formar nova atividade econômica, competitiva, que gere emprego e valor. Para se ter uma ideia da demanda para o fertilizante verde, produto obtido a partir do gás de síntese baseado no H2, 80% do mercado doméstico de fertilizantes depende de importação, que chegou a cerca de 9 milhões de toneladas anuais, uma demanda que, do ponto de vista dos fertilizantes nitrogenados importados, dobrou entre os anos de 2008 a 2018. O NAPI-H2 vai contribuir significativamente para o avanço do Estado nessa área, segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, por ser uma organização de modelo horizontal, que envolve diversas instituições, com universidades paranaenses envolvidas e outras entidades de ciência e tecnologia parceiras, sejam nacionais, sejam internacionais. // SONORA RAMIRO WAHRHAFTIG.//
Segundo consulta à plataforma i-Araucária, que reúne detalhes sobre pesquisas e pesquisadores de todo Estado, são 287 pesquisadores na área ou em assuntos correlatos ao hidrogênio renovável. Com prazo de execução do projeto de 36 meses, o NAPI-H2 reúne, em configuração inicial, 20 pesquisadores, oito bolsistas do CNPq, seis universidades do Estado e uma estrangeira, além de 13 laboratórios, empresas e institutos de pesquisa, entidades governamentais e associações. A criação do NAPI tem como um dos protagonistas o professor doutor Helton José Alves, do Departamento de Engenharia de Energia da Universidade Federal do Paraná, que comanda o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis, em Palotina, que, recentemente, teve proposta de pesquisa em hidrogênio verde selecionada em um edital do Programa iH2 Brasil, uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha. // SONORA HELTON JOSÉ ALVES //
Com essas iniciativas, o Paraná está consolidando sua posição como um importante polo de pesquisa, inovação e produção de hidrogênio renovável, contribuindo para a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono no Estado e no País. Em reunião realizada na terça-feira, na Secretaria de Estado do Planejamento, também foi anunciado o contrato do Governo do Estado com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas para o desenvolvimento do Plano de Hidrogênio, que contempla medidas como licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia. Foi compartilhada, ainda, a intenção de formação de um conselho na área para auxiliar na regulamentação da lei e o anúncio de uma reunião, no início de junho, entre os representantes do poder público e membros da indústria automotiva paranaense. (Repórter: Nathália Gonçalves)
O secretário cita que o Paraná caminha a passos largos para liderar esse processo no Brasil, que visa atender a necessidade de energia renovável e limpa, e também de fertilizante verde, outra cadeia derivada do hidrogênio renovável, voltada à descarbonização da indústria, além de formar nova atividade econômica, competitiva, que gere emprego e valor. Para se ter uma ideia da demanda para o fertilizante verde, produto obtido a partir do gás de síntese baseado no H2, 80% do mercado doméstico de fertilizantes depende de importação, que chegou a cerca de 9 milhões de toneladas anuais, uma demanda que, do ponto de vista dos fertilizantes nitrogenados importados, dobrou entre os anos de 2008 a 2018. O NAPI-H2 vai contribuir significativamente para o avanço do Estado nessa área, segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, por ser uma organização de modelo horizontal, que envolve diversas instituições, com universidades paranaenses envolvidas e outras entidades de ciência e tecnologia parceiras, sejam nacionais, sejam internacionais. // SONORA RAMIRO WAHRHAFTIG.//
Segundo consulta à plataforma i-Araucária, que reúne detalhes sobre pesquisas e pesquisadores de todo Estado, são 287 pesquisadores na área ou em assuntos correlatos ao hidrogênio renovável. Com prazo de execução do projeto de 36 meses, o NAPI-H2 reúne, em configuração inicial, 20 pesquisadores, oito bolsistas do CNPq, seis universidades do Estado e uma estrangeira, além de 13 laboratórios, empresas e institutos de pesquisa, entidades governamentais e associações. A criação do NAPI tem como um dos protagonistas o professor doutor Helton José Alves, do Departamento de Engenharia de Energia da Universidade Federal do Paraná, que comanda o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis, em Palotina, que, recentemente, teve proposta de pesquisa em hidrogênio verde selecionada em um edital do Programa iH2 Brasil, uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha. // SONORA HELTON JOSÉ ALVES //
Com essas iniciativas, o Paraná está consolidando sua posição como um importante polo de pesquisa, inovação e produção de hidrogênio renovável, contribuindo para a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono no Estado e no País. Em reunião realizada na terça-feira, na Secretaria de Estado do Planejamento, também foi anunciado o contrato do Governo do Estado com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas para o desenvolvimento do Plano de Hidrogênio, que contempla medidas como licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia. Foi compartilhada, ainda, a intenção de formação de um conselho na área para auxiliar na regulamentação da lei e o anúncio de uma reunião, no início de junho, entre os representantes do poder público e membros da indústria automotiva paranaense. (Repórter: Nathália Gonçalves)