Com extrajornada, 100% das vítimas de morte violenta são identificadas com digitais pela PCPR

14/01/2022
A Polícia Civil do Paraná ampliou o serviço de identificação de cadáveres no Estado. Desde setembro de 2021 mais policiais civis passaram a cumprir extrajornada em seis cidades para coletar impressões digitais de todas as vítimas de morte violenta. O confronto de digitais com o banco de registros gerais é o método científico mais rápido, seguro e barato para confirmar a identidade de falecidos. No ano passado o serviço foi ampliado em Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. Em janeiro deste ano o incremento no número de servidores também iniciou em Apucarana e Jacarezinho. Na prática, papiloscopistas interessados em estender a carga horária aderem à extrajornada e passam a prestar o serviço em dias em que não haveria cobertura imediata. Em Curitiba a coleta papiloscópica já é feita em todos os cadáveres com suspeita de morte violenta. Com mais recursos humanos, a Polícia Civil passa a coletar digitais de 100% das vítimas de morte violenta no Estado. Antes da ampliação do serviço no Interior do Paraná, a prioridade era coletar informações de cadáveres sem identificação. A maioria dos corpos era identificada no IML visualmente por responsáveis ou familiares, ou através de documentos. O delegado Marcus Michelotto prevê que as outras 16 unidades do Instituto de Identificação no Interior do Paraná passem a ter o serviço ampliado através da extrajornada, gradativamente. Entre janeiro e agosto de 2021, a polícia identificou 32 cadáveres por mês, em média, no interior do Estado, enquanto entre setembro e dezembro a média mensal subiu para 194, um aumento de 506% em razão da extrajornada. No ano passado foram identificados 3 mil 339 cadáveres no Estado, sendo 2 mil 308 na Capital. A Polícia Civil atua em parceria com a Científica no trabalho de identificação de vítimas de morte violenta, já que os cadáveres são encaminhados às unidades do IML. (Repórter: Felippe Salles)