Com inclusão de duas cidades, Amep atualiza mapa do Núcleo Urbano Central da RMC

17/11/2025
A Amep, Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná, atualizou o desenho do Núcleo Urbano Central da Região Metropolitana de Curitiba. A nova Nota Técnica foi divulgada nesta segunda-feira e aponta como a mancha urbana contínua da capital e dos municípios vizinhos evoluiu ao longo dos últimos anos. Esse material ajuda a definir diretrizes do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da região. Segundo o coordenador do Departamento de Planejamento da Amep, Raul Gradovski, a atualização é fundamental para orientar o futuro da RMC. // SONORA RAUL GRADOVSKI //

O Núcleo Urbano Central marca onde a conurbação é mais forte, com a ligação direta entre Curitiba e as cidades ao redor. O traçado anterior era de 2006, quando a dinâmica metropolitana era bem diferente. De lá para cá, a região mudou o padrão de adensamento, ampliou áreas residenciais e industriais e consolidou novos vetores de crescimento. O último Censo mostrou um salto de mais de 523 mil habitantes, o que reforça a RMC como a área mais densa do Estado. Para fazer a atualização, a Amep combinou dados do IBGE, do MapBiomas, da Copel, informações do Censo de 2022 e análises fotogramétricas de alta resolução. Esse cruzamento refinou a mancha urbana e mostrou quais áreas passaram a fazer parte do Núcleo. A nova delimitação indica que o crescimento não foi igual em toda a região. Houve forte adensamento em áreas já ocupadas e expansão em locais com infraestrutura, avanço do mercado imobiliário e instalação de indústrias. As maiores mudanças aparecem no sul, com novas urbanizações em Fazenda Rio Grande, Mandirituba e São José dos Pinhais. No oeste, o limite passa a incluir áreas urbanizadas de Balsa Nova, como a localidade do Bugre e o entorno da indústria de cimento Itambé. No norte, entram regiões de Campina Grande do Sul, Colombo, Itaperuçu e Rio Branco do Sul. Já áreas rurais e de proteção ambiental entre Campo Largo e Araucária saem do traçado para manter a coerência com o conceito do Núcleo. Em relação à versão de 2026, que incluía quatorze municípios, a nova avaliação incorpora também Balsa Nova e Mandirituba. Um dos avanços do estudo é a identificação das chamadas Franjas Rural-Urbanas. São zonas de transição onde características urbanas e rurais se misturam, com ocupação dispersa, abertura de loteamentos e pressão do mercado imobiliário. Essas áreas exigem atenção especial para evitar conflitos de uso, sobrecarga de serviços e impactos ambientais. As franjas também alcançam Bocaiúva do Sul, Contenda e Tijucas do Sul. (Repórter: Gabriel Ramos)