Com legislação rígida e investimento, Paraná alcança nível mais alto da qualidade do ar

10/04/2023
No Paraná o ar é mais puro. De acordo com o Índice da Qualidade do Ar, estabelecido pela OMS, em uma régua em que menos é mais, o Estado passou de 24 pontos em 2019 para 19,7 em 2022. Com isso, ganhou a chancela de um ar bom, o nível mais alto da classificação e um dos melhores indicadores entre os poucos estados do País que fazem a medição. Esse é o exemplo desta semana da série “Paraná, o Brasil que dá certo”. Everton Souza, diretor-presidente do IAT, afirma que esse resultado prova que as ações do Governo do Estado giram em torno de promover o desenvolvimento sustentável. // SONORA EVERTON SOUZA // 

A escala de valores segue critérios estabelecidos por Resolução do Conama, definidos pela OMS, revelando os níveis mais seguros à saúde humana para exposição de curto prazo. A interpretação dos indicadores pode variar entre boa, de 0 a 40, regular, de 40 a 96, inadequada, acima de 96 a 144, ruim, maior que 144 até 200, e péssima, superior a 200. Atualmente, apenas 11 estados e o Distrito Federal monitoram e fiscalizam as emissões de gases e partículas no ar no Brasil. Como não há padrão nem uma métrica unificada entre as unidades federativas, fica impossível estabelecer um ranking nacional de qualidade do ar. Para o diretor de Licenciamento e Outorga do IAT, José Volnei Bisognin, esse resultado é fruto do pioneirismo paranaense que, desde a década de 1980, atua e investe no controle e monitoramento das emissões de gases e partículas poluentes no ar. // SONORA JOSÉ VOLNEI BISOGNIN // 

O agente de execução e membro da equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do IAT, João Carlos de Oliveira, explicou que as 11 estações de monitoramento existentes no Paraná emitem dados em tempo real, de minuto a minuto. // SONORA JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA // 

A Estação de Monitoramento e Qualidade do Ar da Ouvidor Pardinho, em Curitiba, por exemplo, é histórica. Foi a primeira a ser instalada no Paraná, em 2001, e está numa região com grande fluxo de carros, pedestres e pessoas que buscam a Unidade de Saúde da região. João Carlos de Oliveira afirmou que o monitoramento em tempo real permite que, em casos críticos, a equipe do IAT seja alertada imediatamente e consiga agir com rapidez e segurança para resolução do problema. // SONORA JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA //

O IAT ainda vai aplicar na área quase 16 milhões de reais até o fim deste ano, com recursos financiados pelo Banco Mundial. Em média, o custo de instalação de cada central é de R$ 800 mil, com uma vida útil estimada de dez anos. A mais nova aquisição tecnológica, por exemplo, chegou na terça-feira passada. O equipamento se chama BAM-1022, e é um analisador portátil, com tecnologia americana. Qualquer pessoa pode ter acesso e acompanhar as medições nas estações espalhadas pelo País. Para isso, basta acessar o site ou baixar o aplicativo da plataforma MonitorAr, sistema criado e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, que é atualizado em tempo real e permite navegação em mapa interativo, com informações precisas dos 12 estados do Brasil vinculados. Atualmente, o país tem 168 unidades de monitoramento ativas. (Repórter: Gustavo Vaz)