Com média de 1,2 mil caminhões por dia, movimentação nos portos segue em ritmo normal
15/03/2023
Apesar das chuvas constantes nos últimos dias e da paralisação momentânea do tráfego na BR-277 na semana passada, por conta de uma fissura no km 33, a movimentação nos portos de Paranaguá e Antonina segue intensa neste começo de ano, em consonância com o primeiro bimestre do ano, que registrou alta de 6% nas exportações. Em fevereiro, último mês cheio, o aumento nesse segmento do comércio internacional foi de 2%. Um comparativo nos números de movimentação também mostra que há margem para crescimento na operação nos próximos dias. Os dados de março ainda não foram consolidados, mas a atual taxa de ocupação dos berços confirma a eficiência das operações portuárias. Nesta quarta, 18 navios estão atracados nos portos de Paranaguá e Antonina. Ainda considerando todos os segmentos, sete outras embarcações já estão programadas para atracarem na sequência, nos berços indicados de acordo com o segmento. Outros 56 navios esperam para operar nos portos paranaenses, fila de espera considerada natural no segmento. Outro indicador de normalidade é a movimentação de caminhões. As diferenças refletem a paralisação do fluxo ocorrida pontualmente no dia 7, mas a movimentação logo foi retomada pelos exportadores e importadores. Nesta semana, em média, são cerca de mil e 300 caminhões por dia no pátio de triagem, local onde os transportadores aguardam antes de seguir para descarregar os granéis sólidos de exportação no Porto de Paranaguá. Durante as últimas 24 horas foram mil, 124 caminhões recebidos, carregados, principalmente, com soja. Segundo dados do Centro de Operações Integradas, COI, do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, DER/PR, que cobre toda a malha do antigo Anel de Integração, apesar dos dois pontos com pista simples na Serra do Mar, o fluxo segue normal nos dois sentidos, com pico máximo de seis quilômetros de fila nesta semana, principalmente no km 42, onde o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, segue com obras de recuperação causadas pela queda de rochas. O Estado tem guinchos leves, guinchos pesados e veículos de apoio nesse trecho. Apesar de alguns estragos causados pela umidade e dificuldade de colheita em razão das chuvas, a soja está com boa qualidade e o rendimento financeiro aos produtores é compensatório. As exportações pelos portos do Paraná subiram 6% no primeiro bimestre do ano. O principal segmento de exportação é o dos granéis vegetais. A alta foi motivada pelo aumento das exportações de milho. Acompanhando a tendência nacional, o Brasil caminha para ser o principal exportador do produto. As exportações do cereal pelo porto de Paranaguá subiram 243% no primeiro bimestre. A demanda da China pelo milho brasileiro, o conflito entre Ucrânia e Rússia, estoque e preço são fatores que justificam essa alta. Em relação às chuvas, métrica bastante utilizada no setor porque inviabiliza algumas operações com grãos e farelos, foram registrados 9,8 dias de paralisação em janeiro e outros 4,9 dias em fevereiro em 2022. Neste ano, foram 9,1 dias em janeiro, e 11,2 dias em fevereiro. (Repórter: Victor Luís)