Com monitoramento frequente, Paraná melhora eficiência dos investimentos públicos

22/09/2025
O Paraná está se tornando modelo em gestão fiscal no Brasil, com a Capag A do Tesouro Nacional, a implementação de metodologias mais modernas de relacionamento com os contribuintes e um time de economistas que têm ajudado a monitorar a execução orçamentária. Esse último ponto está garantindo que os recursos públicos sejam aplicados de forma mais eficiente e equilibrada, revertendo um padrão histórico de concentração de despesas no fim do ano. A principal mudança está na liberação de recursos. Com base em estimativas mais realistas, o novo sistema prevê a distribuição das despesas ao longo do ano. A mudança já pode ser vista, por exemplo, na área de ciência e tecnologia, que costumava registrar mais de 60% das despesas em dezembro. Até agosto deste ano, já haviam sido empenhados 213 milhões e 700 mil reais, o equivalente a 37% do orçamento projetado para 2025 e mais que o dobro do que no mesmo recorte de 2024, quando tinham sido gastos só 16%. Na saúde, os avanços também são expressivos. Até agosto, o Estado empenhou quatro bilhões e 870 milhões de reais, o que corresponde a 70% do orçamento projetado, contra 55% no mesmo período de 2023. A Educação, secretaria com maior orçamento do Paraná, alcançou cinco bilhões e 270 milhões em empenhos até agosto, chegando a 74% do orçamento. Em 2023 e 2024, esse percentual não passava de 60% nesse estágio do ano. Eduardo Paim, assessor técnico de Economia da Secretaria da Fazenda, afirma que essas ferramentas fazem o Estado se solidificar como referência em boa gestão pública. // SONORA EDUARDO PAIM //

Um dos reflexos desse trabalho também deve aparecer na Proposta de Lei Orçamentária Anual 2026, que será apresentada nesta semana. O texto estabelece as previsões de receitas e despesas do Estado para o ano seguinte, conforme as diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal. (Repórter: Gustavo Vaz)