Com rede especializada, Estado garante educação para alunos hospitalizados

30/06/2025
O professor de história da rede estadual de ensino, Rudimar Bertotti, de Ponta Grossa, é um dos professores do Sareh, Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar, coordenado pela Secretaria de Estado da Educação. Já Eliel Davi Martins, do sexto ano, trata uma leucemia linfoide aguda, descoberta algumas semanas depois que o garoto completou 10 anos em dezembro passado. O estudante é acompanhado pelo Sareh desde a primeira etapa do tratamento em Curitiba, e agora retornou à escola na cidade dele, Ponta Grossa. // SONORA ELIEL DAVI MARTINS //

Caso precise ficar mais tempo em Curitiba, ele retorna para as aulas com a equipe do serviço estadual. Durante a primeira fase do tratamento, Eliel e o pai, Luciano Martins, foram recebidos na Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia, uma das 19 unidades do Estado, nas quais o Sareh trabalha para garantir o direito constitucional à educação das crianças e adolescentes. // SONORA LUCIANO MARTINS //

Atualmente, 450 estudantes continuam recebendo aulas nas unidades em que se recuperam através do Sareh. O professor Rudimar reconhece a dedicação de Eliel e explica que o Serviço especializado proporciona um olhar específico para cada aluno. // SONORA RUDIMAR BERTOTTI //

O atendimento acontece por meio de um termo de parceria assinado entre a Secretaria da Educação e a instituição que atende o estudante durante o tratamento. A coordenadora pedagógica de Educação Especial da pasta, Claudia Camargo Saldanha, explica que neste ano já são cerca 10 mil atendimentos pelo Serviço. // SONORA CLAUDIA CAMARGO SALDANHA //

Embora o Sareh seja destinado aos estudantes da rede pública do Paraná, muitas crianças e adolescentes de outras localidades vêm ao Estado para o tratamento. É o caso da carioca Bruna Fernandes Pinto de Oliveira, que tem 14 anos e está em Curitiba após passar por um transplante de medula para tratar de uma leucemia mieloide crônica, descoberta quando ela tinha apenas dois anos. // SONORA BRUNA FERNANDES PINTO DE OLIVEIRA //

Esses alunos são acompanhados pela equipe do Sareh durante todo o tratamento, mesmo em fases mais adiantadas, como a de manutenção, quando voltam aos hospitais para fazerem exames de rotina. Nestes casos, as aulas acontecem de maneira remota. (Repórter: Gustavo Vaz)