Com tarifa baixa, transparência e obras, novo pedágio paranaense vira modelo para o País
11/08/2021
O modelo do novo pedágio a ser implementado no Paraná a partir do ano que vem virou referência para o País. Outros estados já acionaram o Ministério da Infraestrutura para buscar mais informações, do formato elaborado em conjunto entre o Governo do Estado, Governo Federal, Poder Legislativo e setores da sociedade civil organizada. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante cerimônia no Palácio Iguaçu. São concedidos 3.300 quilômetros de rodovias por 30 anos, com implementação de obras no valor de 44 bilhões de reais e queda média de 31% no valor da tarifa. O acordo em vigor atualmente termina no dia 27 de novembro. O governador prometeu que esse será o maior projeto de infraestrutura da América Latina. // SONORA RATINHO JUNIOR // De acordo com o ministro, o modelo já despertou a atenção dos que trabalham com o setor. // SONORA TARCÍSIO GOMES DE FREITAS // A estimativa do Governo Federal é que o leilão na Bolsa de Valores de São Paulo ocorra no primeiro trimestre do ano que vem. Desenvolvido ao longo de dois anos e meio, o modelo contou com apoio do Poder Legislativo, junto da sociedade civil organizada e do empresariado. O presidente da Faciap, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, Fernando Moraes, destacou que com valores mais baixos das tarifas e rapidez logística, o custo final dos produtos locais deve cair e tornar eles mais competitivos. // SONORA FERNANDO MORAES // O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, garantiu que houve um trabalho duro para que essas condições fossem determinadas. // SONORA JOSÉ ROBERTO RICKEN // A concessão rodoviária está dividida em seis lotes de estradas. O conjunto é formado por 35% de estradas estaduais e 65% de federais. O projeto prevê o equivalente a 120 anos de orçamento federal para rodovias aplicado somente no Paraná. Só depois de todas as execuções estipuladas em contrato serem concluídas é que as empresas podem cobrar o valor cheio da tarifa. Antes disso o desconto deve ser de 40%. O pacote de concessões estima ainda outros 35 bilhões de reais para operação e manutenção das vias. (Repórter: Gustavo Vaz)


