Com tecnologia e fiscalização, Paraná reduz desmatamento de maneira consistente

01/12/2025
O Paraná é o estado brasileiro que mais conseguiu reduzir o desmatamento entre os anos de 2021 e 2024, segundo dados do Relatório Anual do Desmatamento do MapBiomas. Nesse período, as áreas ambientais derrubadas por ação humana foram reduzidas em 93%, passando de 6 mil 887 hectares para 432 hectares no ano passado. O número é resultado de uma série de fatores, que envolvem tecnologia, políticas públicas e ações de fiscalização. É o que destaca a engenheira florestal do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do Instituto Água e Terra, Aline Canetti. // SONORA ALINE CANETTI //

Segundo ela, um dos principais fatores foi o uso da inteligência geográfica, que ampliou a capacidade de resposta do IAT. Isso inclui a adoção de geotecnologias de ponta, como o uso de imagens de satélites históricas e plataformas de monitoramento que emitem alertas de desmatamento quase que diariamente. // SONORA ALINE CANETTI //

Considerando apenas os dados dos dois anos mais recentes, o Estado obteve uma queda de 64,9% na supressão ilegal da Mata Atlântica. A área desmatada passou de mil 230 hectares para 432 hectares. Foi o terceiro melhor porcentual do país, atrás de Goiás e Distrito Federal. O reflexo disso é que 71% dos municípios do Paraná apresentaram desmatamento ilegal zero da Mata Atlântica em 2024, de acordo com o Relatório Anual do Desmatamento do MapBiomas. Não tiveram alertas de supressão vegetal identificados pela plataforma um total de 284 cidades. E outra conquista importante derivada deste estudo é que 75% dos municípios apresentaram saldo positivo na preservação de mata nativa, ou seja, aumentaram a área verde nativa. Somente seis estados tiveram esse desempenho favorável: Paraná, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O Paraná também articulou políticas públicas para estimular a preservação e a reparação do meio ambiente. Uma delas é o ICMS Ecológico por Biodiversidade. O programa é uma forma de compensar financeiramente os municípios que abrigam Unidades de Conservação, Áreas de Terras Indígenas e Áreas Especiais de Uso Regulamentado. Mais detalhes estão no site da Agência Estadual de Notícias, parana.pr.gov.br/aen. (Repórter: Gabriel Ramos)