Com um caso confirmado em 2023, Saúde está em alerta e monitora a febre maculosa

14/06/2023
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, Sesa, monitora a febre maculosa no Paraná com equipes técnicas da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores. A doença, transmitida pelo carrapato-estrela, teve seu primeiro caso confirmado no território em 2006, no município de Itambaracá, situado na região Norte. Neste ano foi confirmado um caso em Foz do Iguaçu, na região Oeste, além de 43 notificações. A febre maculosa é uma doença febril infecciosa, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A espécie é encontrada com mais facilidade em locais próximos a matas, com umidade elevada. Este tipo de carrapato também se “hospeda” em animais como bois, cavalos, capivaras e cachorros e por meio deles entra em contato com as pessoas, sendo necessário o vínculo epidemiológico com o vetor transmissor – o carrapato infectado. De acordo com levantamento da Sesa, desde 2018 houve o registro de 42 casos confirmados da doença. No ano passado foram 63 notificações, nove casos confirmados e dois óbitos, que ocorreram no município de Ribeirão Claro. Foram cinco casos em 2018; 19 confirmações em 2019; 10 em 2020; e um caso em 2021. Todo o caso suspeito requer notificação imediata, registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Em abril deste ano foi realizada uma capacitação para aprofundar conhecimentos relacionados ao carrapato-estrela. O evento, que reuniu técnicos do Ministério da Saúde, além de médicos da Fiocruz/RJ e profissionais das 22 Regionais de Saúde do Paraná, buscou ampliar a capacidade de identificação do hospedeiro, facilitando o diagnóstico e, consequentemente, o cuidado apropriado. Anteriormente, em novembro de 2022, aconteceu uma reunião técnica sobre a doença, na qual foram capacitados profissionais sobre a vigilância ambiental do vetor, sendo abordados o manejo da doença e práticas de captura a campo do carrapato. Os principais sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça e no corpo, podendo ou não estar acompanhada de aparecimento de manchas avermelhadas entre o segundo e quinto dia de evolução da doença ou manifestações hemorrágicas, são alguns dos sintomas apresentados pelas pessoas que possam ter contraído a doença. O Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressalta o que fazer em caso de contato com o carrapato. // SONORA BETO PRETO //

A Sesa recomenda que pacientes que apresentem essas características procurem o atendimento médico nas Unidades de Saúde dos municípios para que o diagnóstico seja realizado, assim como o tratamento, o quanto antes, já que se trata de doença grave e de evolução rápida, mas que existe tratamento se ofertado em tempo oportuno. (Repórter: Victor Luís)