Copel identifica e preserva 285 sítios arqueológicos em cinco estados

05/08/2025
Além de construir usinas, subestações e linhas de energia, a Copel também ajuda a preservar o patrimônio arqueológico do Brasil. Entre os anos de 2014 e 2024, a companhia identificou e preservou 285 sítios arqueológicos. Esses espaços guardam vestígios de grupos humanos que viveram ali há centenas ou até milhares de anos. A maior parte dos artefatos encontrados são peças de barro e pedra, de diferentes culturas. Alguns objetos têm mais de 3 mil e 500 anos. O trabalho de resgate é uma exigência legal nas obras do setor elétrico e os achados foram feitos em áreas onde a Copel atua, nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. O arqueólogo da Copel, Divaldo Sampaio, explica que a variedade é imensa. // SONORA DIVALDO SAMPAIO //

Como parte do processo de licenciamento ambiental, a Copel precisa enviar uma série de informações ao Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, responsável pela proteção dos bens culturais no Brasil. Entre os dados repassados estão o tipo de obra, os detalhes técnicos do projeto de engenharia e os possíveis impactos causados pela construção e operação dos empreendimentos. Com base nessas informações, o Iphan analisa e classifica cada projeto. A partir disso, a Copel realiza os estudos exigidos, que podem ser feitos por equipes internas ou por empresas e especialistas contratados. Quando um sítio arqueológico é identificado, ele pode ser resgatado ou preservado no próprio local. O cientista social e analista socioambiental da Copel, Vitor Longo, explica a diferença // SONORA VITOR LONGO //

A Copel recebeu reconhecimento técnico pelo trabalho na preservação dos sítios arqueológicos. Um dos projetos da companhia, que visa manter os vestígios em seu local original, foi escolhido para ser apresentado no décimo Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social do Setor Elétrico, realizado em maio do ano passado. Outra iniciativa é a educação patrimonial, prevista pelo Iphan, que busca conscientizar as comunidades locais sobre a importância dos sítios arqueológicos. A ação tem o objetivo de promover o reconhecimento do território como espaço de memória coletiva e valorizar a identidade cultural da região. Ela é direcionada a trabalhadores das obras, alunos, professores, moradores e profissionais de centros culturais e museus, além de gestores e fiscais das obras da Copel. (Repórter: Gabriel Ramos)