Copel usa dispositivos tecnológicos como aliados na inspeção de redes elétricas
29/11/2022
Um veículo da Copel com duas câmeras acopladas a um robô instalado no teto tem chamado a atenção da população por onde passa. Algumas pessoas abordam os eletricistas que operam o equipamento e perguntam se "é o carro do Google". Mas é um automóvel com termovisor, um equipamento que mapeia pontos com variação de temperatura na rede e que possibilita a identificação da necessidade de manutenção. O equipamento faz parte de um conjunto de dispositivos tecnológicos que eletricistas, técnicos e engenheiros da companhia usam cada vez mais, proporcionando ganhos em produtividade. A tecnologia permite que as variações de temperatura em diversas superfícies sejam mapeadas, evitando que o sistema de distribuição e transmissão de energia passe por interrupções causadas por anomalias térmicas. Antes do carro termovisor chegar, as inspeções eram feitas com equipamentos portáteis, de forma manual e mais demorada. O equipamento também é usado em uma versão manual e em outra acoplada ao celular. As equipes da companhia também já estão testando o termovisor instalado em drones, que são outra solução tecnológica que tem proporcionado ganhos de produtividade. Pioneira no uso do equipamento para linhas de distribuição de energia, a Copel possui a maior frota de drones em operação do setor elétrico e a terceira maior do Brasil. Ao todo, são 119 equipamentos operando em todo o Paraná. As aeronaves não tripuladas também são usadas para verificar e antecipar possíveis problemas. O trabalho delas permite chegar a locais como matas fechadas, áreas rurais, região de serra e de preservação ambiental. O problema na rede é identificado pelo operador do equipamento em solo e as imagens são usadas para a definição da solução. Foi o que ocorreu durante a inspeção de um alimentador feita em região de mata fechada em Morretes, no litoral, após o ciclone-bomba de 2020. Para identificar aqueles danos à rede seriam necessários cinco dias de trabalho das equipes em solo. Com o drone, em cerca de uma hora os problemas foram identificados. No caso das manutenções preventivas, uma inspeção comum por terra costumava levar cerca de dez dias. Esse tempo caiu para três e deve reduzir ainda mais com o aumento da quantidade de equipamentos. Ao todo, cerca de 300 profissionais de todas as regiões do estado podem operar os drones. (Repórter: Gustavo Vaz)