Dia Mundial da Mulher na Ciência: cientistas paranenses destacam desafios e conquistas
11/02/2023
No Paraná, a participação das mulheres no desenvolvimento da ciência e tecnologia tem aumentado em número e qualidade – realidade a ser comemorada no Dia Mundial das Mulheres e Meninas na Ciência, neste sábado, 11 de fevereiro. Dos 986 convênios vigentes da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico para projetos com instituições de ciência, tecnologia e inovação, 435 são coordenados por pesquisadoras. Das bolsas de pesquisa e extensão, cerca de 40% são de mulheres – em torno de 4.500 do total de 8.800 bolsas. O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, destacou que neste século, houve um aumento de doutoras e pesquisadoras no Estado. //SONORA RAMIRO WAHRHAFTIG//
O incremento, acrescenta Wahrhaftig, não se restringe à quantidade – o salto na qualidade das pesquisas também é grande. //SONORA SONORA RAMIRO WAHRHAFTIG//
Uma das inúmeras ações de fomento do Governo do Estado é programa Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança, articulado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e financiado pela Fundação Araucária. Ele promove o apoio financeiro a instituições de ciência e tecnologia paranaenses para projetos que tenham o público feminino como beneficiário. Lançada em 2022 a ação resultou no desenvolvimento de 86 projetos de extensão e pesquisa acadêmicas focados no empoderamento feminino. Pesquisadores e extensionistas de 13 diferentes instituições de ensino superior e de pesquisa do Paraná contam com um orçamento de 4 milhões de reais para o desenvolvimento de seus projetos. O sustento da família e o tempo disponível para balancear filhos e demandas da carreira foram os principais desafios enfrentados pela pesquisadora e professora de Genética da Universidade Federal do Paraná Angelica Boldt. Mãe de três, ela conta que o apoio de seus familiares, principalmente o financeiro, foi fundamental. //SONORA ANGELICA BOLDT//
Segundo ela, ao longo dos 27 anos como pesquisadora, dos seus 49 de vida, a obtenção de fomento para realizar os projetos de pesquisa se tornou outro grande desafio. Os resultados motivaram o projeto paranaense dentro do NAPI Genômica – apoiado pela Fundação Araucária e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – denominado Genomas Paraná, e inspiraram o projeto MedEpiGen, aprovado no edital de pesquisa para o SUS e de âmbito estadual, com colaborações de cinco universidades do Interior do Estado. Atualmente, o projeto Mennogen está se expandindo para atender as comunidades menonitas na Bolívia e espera-se que seja, em breve, estendido para o Paraguai. Histórias como a da pesquisadora Angelica Boldt inspiram a jovem Ana Luiza Goularte da Silva, de 18 anos. Estudante de escola pública e moradora de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, ela é caloura no curso de Nutrição da UFPR. //SONORA ANA SILVA//
Com o projeto “Políticas Públicas para Educação Sexual e Pobreza Menstrual no Brasil: Um estudo de caso em instituições de ensino no Paraná”, Ana Luiza tem participado de feiras de ciências desde o início da pandemia, quando se interessou ainda mais pela ciência. //SONORA ANA SILVA//
Desde muito pequena a pesquisadora Carla Forte Molento sempre gostou de aprender sobre as coisas e tentar entender como o mundo funciona. //SONORA CARLA FORTE MOLENTO//
Casada com um pesquisador e mãe de três filhos, ela acredita que diante de tantos desafios enfrentados pelas mulheres na ciência são necessárias mais ações inclusivas para aumentar o número de cientistas mulheres. Segundo Carla, cientista há 19 anos, a força feminina é grande em sua área de pesquisa que é a de Proteínas Alternativas, também tema de um Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação apoiado pela Fundação Araucária. Um grande desafio para ela foi perceber como os animais eram e, por vezes, ainda são tratados no ambiente acadêmico-científico e também em várias outras práticas amplamente difundidas, como, por exemplo, o uso de animais para produzir alimentos. A pesquisadora Angelica Boldt lembra que são muitas as mulheres que, depois de quase três décadas, ainda enfrentam os mesmos problemas que ela passou ao longo da carreira científica. Para ela a realidade só mudará com ações efetivas direcionadas às mulheres na ciência. (Repórter: Alexandre Nassa)
O incremento, acrescenta Wahrhaftig, não se restringe à quantidade – o salto na qualidade das pesquisas também é grande. //SONORA SONORA RAMIRO WAHRHAFTIG//
Uma das inúmeras ações de fomento do Governo do Estado é programa Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança, articulado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e financiado pela Fundação Araucária. Ele promove o apoio financeiro a instituições de ciência e tecnologia paranaenses para projetos que tenham o público feminino como beneficiário. Lançada em 2022 a ação resultou no desenvolvimento de 86 projetos de extensão e pesquisa acadêmicas focados no empoderamento feminino. Pesquisadores e extensionistas de 13 diferentes instituições de ensino superior e de pesquisa do Paraná contam com um orçamento de 4 milhões de reais para o desenvolvimento de seus projetos. O sustento da família e o tempo disponível para balancear filhos e demandas da carreira foram os principais desafios enfrentados pela pesquisadora e professora de Genética da Universidade Federal do Paraná Angelica Boldt. Mãe de três, ela conta que o apoio de seus familiares, principalmente o financeiro, foi fundamental. //SONORA ANGELICA BOLDT//
Segundo ela, ao longo dos 27 anos como pesquisadora, dos seus 49 de vida, a obtenção de fomento para realizar os projetos de pesquisa se tornou outro grande desafio. Os resultados motivaram o projeto paranaense dentro do NAPI Genômica – apoiado pela Fundação Araucária e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – denominado Genomas Paraná, e inspiraram o projeto MedEpiGen, aprovado no edital de pesquisa para o SUS e de âmbito estadual, com colaborações de cinco universidades do Interior do Estado. Atualmente, o projeto Mennogen está se expandindo para atender as comunidades menonitas na Bolívia e espera-se que seja, em breve, estendido para o Paraguai. Histórias como a da pesquisadora Angelica Boldt inspiram a jovem Ana Luiza Goularte da Silva, de 18 anos. Estudante de escola pública e moradora de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, ela é caloura no curso de Nutrição da UFPR. //SONORA ANA SILVA//
Com o projeto “Políticas Públicas para Educação Sexual e Pobreza Menstrual no Brasil: Um estudo de caso em instituições de ensino no Paraná”, Ana Luiza tem participado de feiras de ciências desde o início da pandemia, quando se interessou ainda mais pela ciência. //SONORA ANA SILVA//
Desde muito pequena a pesquisadora Carla Forte Molento sempre gostou de aprender sobre as coisas e tentar entender como o mundo funciona. //SONORA CARLA FORTE MOLENTO//
Casada com um pesquisador e mãe de três filhos, ela acredita que diante de tantos desafios enfrentados pelas mulheres na ciência são necessárias mais ações inclusivas para aumentar o número de cientistas mulheres. Segundo Carla, cientista há 19 anos, a força feminina é grande em sua área de pesquisa que é a de Proteínas Alternativas, também tema de um Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação apoiado pela Fundação Araucária. Um grande desafio para ela foi perceber como os animais eram e, por vezes, ainda são tratados no ambiente acadêmico-científico e também em várias outras práticas amplamente difundidas, como, por exemplo, o uso de animais para produzir alimentos. A pesquisadora Angelica Boldt lembra que são muitas as mulheres que, depois de quase três décadas, ainda enfrentam os mesmos problemas que ela passou ao longo da carreira científica. Para ela a realidade só mudará com ações efetivas direcionadas às mulheres na ciência. (Repórter: Alexandre Nassa)