Dia da Biodiversidade: união do Estado com universidades amplia cuidado com a fauna silvestre

22/05/2023
No Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado nesta segunda-feira, o Instituto Água e Terra, IAT, comemora o sucesso de parcerias para contribuir com a conservação e proteção da diversidade da vida no planeta. O órgão ambiental, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Sedest, buscou em convênios com universidades paranaenses alternativas para ampliar os cuidados com animais silvestres. As instituições, por meio de suas estruturas de ensino e atendimento veterinário, abrigam os quatro Centros de Apoio à Fauna Silvestre do Estado, CAFS. As estruturas funcionam atualmente em Londrina, Cascavel, Guarapuava e Maringá – o contrato com o órgão de Curitiba está em processo de renovação. O investimento global do Governo do Estado com os convênios, entre 2020 e 2023, é de 600 mil reais. Mais de 4 mil animais foram atendidos no período. As parcerias são com o Centro Universitário Filadélfia, de Londrina; Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, de Guarapuava; Centro Universitário de Cascavel e Unicesumar, de Maringá. A estrutura é complementada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres, em Ponta Grossa, em cooperação com o Instituto Klimionte Ambiental. Os Centros de Apoio à Fauna Silvestre, explica a médica veterinária do IAT, Fabiana Baggio, são responsáveis pelo atendimento à fauna silvestre nativa e exótica resgatada no Paraná, com o objetivo de devolvê-las para a natureza. A intenção, destaca ela, é expandir o número desses Centros pelo Estado, devido sua importância. // SONORA FABIANA BAGGIO //

O Centro de Apoio à Fauna Silvestre é um local preparado para receber, identificar, marcar, triar, avaliar, e estabelecer tratamento veterinário para animais acolhidos por órgão ambiental em ações de fiscalização, resgates ou entrega voluntária por particulares. A permanência dos animais depende do tempo necessário para sua recuperação. O destino pode ser a soltura no habitat natural ou, quando é um risco devolvê-lo para a natureza, são encaminhados a criadouros habilitados pelo IAT, ou mantenedores individuais, igualmente habilitados pelo órgão ambiental. Os atendimentos variam a cada caso, mas consistem na avaliação do animal, e se preciso, o tratamento de doenças, acompanhamento biológico, uso de medicações e curativos e procedimentos cirúrgicos. O Governo do Paraná destinou 150 mil reais por instituição para que as universidades conveniadas possam manter a aprimorar as clínicas veterinárias-escola, além de possibilitar a compra de insumos para os animais. Londrina foi a primeira cidade a ter um Centro de Apoio à Fauna Silvestre, inaugurado em julho de 2021. Como o município faz parte da rota de tráfico de animais, o número de atendimentos é o maior dentre as quatro cidades. O Centro de Apoio à Fauna Silvestre de Maringá é administrado por três pessoas: uma professora de Medicina Veterinária, uma gestora de alimentos e uma residente da Medicina Veterinária responsável pela medicação e atendimento dos resgatados. Na região Oeste, a Univel registrou a entrada de 527 animais entre março de 2021 até o mês de maio de 2023. O estagiário e estudante de Medicina Veterinária da Univel, Brian de Deus, explica sobre os casos que recebe. // SONORA BRIAN DE DEUS //

Em Guarapuava 762 animais silvestres precisaram de cuidados entre outubro de 2020 e maio de 2023, principalmente as aves. Puderam voltar ao seu habitat natural 222 até o momento. Para ajudar na rede de apoio, o IAT tem contato com especialistas como herpetólogos, pessoas que estudam répteis e anfíbios e ornitólogos, que são da área de aves. Os Centros de Apoio à Fauna Silvestre não se resumem apenas aos atendimentos veterinários, mas também ajudam na profissionalização de estudantes da área e compartilhamento de conhecimento. Ao avistar algum animal silvestre ferido ou para denúncias de atividades ilegais contra animais, entre em contato pela Ouvidoria do IAT ou com o Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, da Polícia Militar do Paraná. Se preferir, ligue para o Disque Denúncia 181. Informe de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. (Repórter: Victor Luís)