Dia do Agricultor: Ceasa Paraná orienta os produtores rurais sobre os cuidados com o sol

28/07/2025
A segunda-feira começou com homenagem no Mercado do Produtor da Ceasa, em Curitiba. Logo às quatro horas da manhã, uma ação especial marcou o Dia do Agricultor com a entrega de 300 kits de saúde para quem trabalha no campo. Os kits tinham chapéus com proteção contra os raios solares, além de um material educativo com dicas sobre cuidados com a pele, uso do protetor solar e horários de risco. Cada produtor também recebeu uma maçã e um suco natural. A entrega foi feita por representantes da Ceasa Paraná, junto com a Associação Sindical da Agricultura Familiar do Paraná. Para o diretor-presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz, a maioria dos agricultores ainda não se protege do sol como deveria. // SONORA ÉDER BUBLITZ //

A exposição ao sol, sem proteção, ainda é a principal causa de câncer de pele entre trabalhadores do campo. Mesmo com orientações simples, a prevenção continua sendo um desafio. Falta de informação, de acesso a itens de proteção e até o desconforto causado pelo uso de roupas mais pesadas no calor dificultam a mudança de hábitos. E os números preocupam. O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e representa quase um terço de todos os diagnósticos. Só no ano passado, o país registrou mais de 220 mil novos casos. A previsão é que esse número continue alto até o fim de 2025. No Paraná, a situação exige atenção: o estado tem mais de 9 mil casos por ano de câncer de pele do tipo não melanoma, e os trabalhadores rurais estão entre os mais afetados. Em Cascavel, por exemplo, entre 2011 e 2016, o número de casos entre agricultores aumentou mais de 200%, principalmente em regiões do corpo como rosto e cabeça. Mesmo assim, o uso de protetor solar e chapéus ainda é baixo. No noroeste gaúcho, uma pesquisa mostrou que quase 88% dos trabalhadores rurais não usam protetor, e mais da metade não usa chapéu adequado. A falta de prevenção pode ter consequências graves — mesmo os casos com chance de cura podem deixar marcas sérias, e o melanoma, embora mais raro, é agressivo e também afeta essa população. (Repórter: Gabriel Ramos)