Educação e empresas do setor discutem matriz curricular do curso técnico agrícola

22/06/2023
A matriz curricular do Curso Técnico Agrícola, oferecido em 23 colégios da rede estadual do Paraná, passará por uma reestruturação das disciplinas cursadas e da carga horária. O objetivo é contemplar no currículo a realidade do mercado de trabalho, garantindo que os estudantes saiam do ensino médio técnico preparados para serem contratados e exercerem sua profissão. Para isso, a Secretaria Estadual da Educação promoveu nesta semana o evento Inova Agro, reunindo 10 empresas do agronegócio e diretores de 15 colégios agrícolas da rede estadual. O objetivo é entender a impressão que as empresas têm hoje dos alunos egressos e quais conhecimentos e habilidades elas esperam que os estudantes adquiram durante a formação técnica. O coordenador de Colégios Agrícolas da Secretaria, Renato Gondin, ressalta que a construção do currículo também leva em conta a experiência e considerações da comunidade escolar, desde estudantes até diretores. // SONORA RENATO GONDIN //

Diretor de Educação da Secretaria, Anderfábio Oliveira dos Santos, observou que uma formação técnica alinhada aos avanços do setor vai auxiliar o estudante a se inserir no mercado de trabalho. // SONORA ANDERFÁBIO OLIVEIRA //

A prática agrícola é trabalhada com mais de 6 mil estudantes do Curso Técnico Agrícola, o carro-chefe da Educação Profissional nos 23 colégios agrícolas da rede estadual. A carga horária do curso técnico começa, atualmente, com 13 horas-aulas semanais na 1ª série até chegar a 26 na 3ª série. Os estudantes têm diferentes disciplinas, como introdução à agricultura, agroindústria, culturas, horticultura, agroecologia e gestão ambiental. Em maio deste ano, o Governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei para implementar o funcionamento de cooperativas-escolas nos colégios agrícolas e florestais da rede estadual de ensino. Localizados em diferentes regiões do Paraná, eles contam com produção de grãos, hortaliças e itens de proteína animal. Na prática, a cooperativa-escola será uma pessoa jurídica sem fins lucrativos, constituída de alunos regularmente matriculados na instituição de ensino, professores e entidades vinculadas, que tem como objeto social a cooperação recíproca de seus associados para promover e estimular o desenvolvimento do cooperativismo com finalidade educativa, em benefício dos associados e da instituição de ensino. (Repórter: Nathália Gonçalves)