Educação pública chegou ao topo em 2022 e cortou distância para escolas particulares

24/12/2022
Nunca a educação pública do Paraná avançou tanto e em tão pouco tempo. Em quatro anos, o Estado deu um salto do 7º para o 1º lugar do Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, do ensino médio entre as redes estaduais de ensino de todo o País. Essa evolução ocorreu mesmo durante a pandemia, que fechou as escolas por um ano e meio, mas as ações da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Seed-PR, aliadas ao empenho de todos os professores e demais profissionais da educação, foram cruciais para o avanço não parar. No Ideb do ensino médio de 2017, o estado tinha o índice de 3,7 e dividia a sétima posição com o Tocantins. Já no Ideb de 2019, divulgado em 2020, a nota paranaense pulou para 4,4, ficando ao lado de Pernambuco na terceira colocação. No mais recente, de 2021, a nota chegou a 4,6, deixando o Paraná em primeiro. O índice varia de 0 a 10. O governador Carlos Massa Ratinho Junior celebrou os resultados alcançados nos últimos quatro anos.// SONORA RATINHO JUNIOR.//

O secretário Renato Feder, que conduziu a pasta desde 2019, destaca a importância do apoio de toda a comunidade escolar para o alcance desse resultado.// SONORA RENATO FEDER.//

A nota do Sistema de Avaliação da Educação Básica, que compõe o Ideb, foi a segunda, com 4,79, quase igual à catarinense, de 4,80, mostrando que o aprendizado do estado foi bom e se manteve no patamar pré-pandemia. Em Língua Portuguesa, os estudantes tiveram a melhor média, com 281,13. Do 6º ao 9º anos do ensino fundamental, o Paraná também evoluiu, ficando em quarto com 5,2, muito próximo de São Paulo, Ceará e Goiás, todos com 5,3. A nota média padronizada do Sistema de Avaliação foi a terceira, com os estudantes paranaenses conquistando a melhor média de matemática do Brasil nesta etapa de ensino. Durante os anos de 2020 e 2021, a Seed não adotou a aprovação direta, como foi feito por algumas unidades da federação, até porque os estudantes tiveram suas aulas mantidas. O Paraná inclusive foi reconhecido por uma pesquisa da FGV Social jornada-e-pandemia como o estado com maior alcance no envio de atividades na época das escolas fechadas. Além de ter ido na contramão do resto do Brasil, que teve de lidar com a queda no aprendizado, a rede estadual de ensino também teve desempenho melhor do que as escolas particulares do estado. Enquanto a rede pública teve aumento no Ideb, as particulares caíram de 6,4 para 6,1 no ensino médio na última edição. No geral, desde 2017, a distância do índice era de 2,2 pontos. Agora, a diferença é de 1,5. Nos anos finais do ensino fundamental, aconteceu a mesma situação: a distância nesses quatro anos caiu para 1,3 ponto nos índices atuais. Além das ações voltadas especificamente para reduzir os efeitos da pandemia com o ensino remoto, a Seed também desenvolveu outras frentes que deram suporte para essa evolução. Uma delas foi o apoio aos professores, oferecendo, por exemplo, materiais de apoio para todos os conteúdos de todas as disciplinas e formação continuada por meio do programa Formadores em Ação, que chegou a ser reconhecido como exemplo de desenvolvimento de professores em uma publicação editada pela Harvard e Unesco. Outro fator que contribuiu para o melhor desempenho no indicador foi o investimento feito em tecnologia. Nos últimos dois anos, a Seed disponibilizou para a rede plataformas pedagógicas digitais para aprendizado de inglês, prática de redação e de matemática gamificada. Hoje, todas as escolas da rede estadual têm internet à disposição, com rede wifi, e todas as salas de aula tiveram sua infraestrutura modernizada, com a chegada de smart TV 43 polegadas, computador, webcam, microfones, teclado com mouse pad e pedestal regulável. Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)