Em Brasília, comitiva do Paraná defende recursos para investimentos no campo

05/04/2023
Recursos para investimentos no campo, trabalho de prevenção à gripe aviária, a abertura de mercado para as proteínas animais no exterior e infraestrutura foram os assuntos tratados pela comitiva paranaense com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta terça-feira, em Brasília. Participaram a equipe do Sistema Estadual de Agricultura e entidades representativas do setor. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirma que foram defendidas políticas agrícolas importantes para o futuro do setor. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //

A comitiva falou sobre algumas dificuldades do meio rural, em especial no que diz respeito à armazenagem. Foi apresentado ao ministro um levantamento acerca da alta ocupação dos armazéns do Paraná, segundo o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, José Roberto Ricken. // SONORA JOSÉ ROBERTO RICKEN //

Em fevereiro, o Paraná encaminhou um documento ao Ministério com sugestões para a formulação do Plano Safra 2023/2024, que apresenta em detalhes o que as entidades representantes dos produtores paranaenses acreditam que seja adequado para promover o reequilíbrio de recursos destinados a custeio, investimentos e comercialização. Na avaliação de Ortigara, a reunião foi positiva e ajudou a mostrar a importância do agro paranaense. Outro tema do encontro foi o trabalho de prevenção da gripe aviária. Nesta semana, o Ministério confirmou que o país continua livre da doença, uma notícia positiva para a sanidade do rebanho, a saúde pública e para parceiros comerciais. O Paraná contribui com cerca de 34% da produção e mais de 40% das exportações de carne de frango. Ortigara destacou que o Paraná possui granjas georreferenciadas, inteligência para tomar decisões, e estratégias de intervenção adequadas, trabalhando em diálogo com importadores. O governo estadual, com os demais estados do Sul, estuda tornar a região uma unidade autônoma de influenza aviária. Assim, mesmo a ocorrência da doença em outras regiões não causaria prejuízo aos produtores do Sul, que concentram a maior parte da produção e exportação brasileira da proteína. A demanda foi levada ao ministro e vai ser apresentada para Organização Mundial de Saúde Animal. O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Otamir Martins, afirma que é preciso se proteger da enfermidade para manter a qualidade dos produtos paranaenses e a sanidade do rebanho. // SONORA OTAMIR MARTINS //

Na manhã de terça-feira, a comitiva também se encontrou em Brasília com o secretário da Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, para falar sobre a intensificação dos processos de biosseguridade no Paraná. O potencial de exportação dos produtos paranaenses esteve entre os assuntos principais da reunião com o ministro. O governo federal tem um encontro marcado com lideranças da China, nos próximos dias, para firmar acordos comerciais com o país asiático. Recentemente houve um passo importante nesse sentido, que foi a habilitação de plantas de carne bovina para exportação para a China, como o frigorífico Astra de São Cruzeiro do Oeste. A expectativa é que esse mercado se amplie. (Repórter: Nathália Gonçalves)