Encontro da Saúde discute prevenção e diagnóstico da doença de Chagas

11/04/2023
A Sesa, Secretaria de Estado da Saúde, promoveu nesta terça-feira, em Curitiba, o primeiro encontro para atualização de informações sobre a doença de Chagas. O evento, que reuniu profissionais das 22 Regionais de Saúde, ocorreu em alusão ao Dia Mundial de Chagas, celebrado nesta sexta-feira, 14 de abril. O evento abordou vigilância do agravo, prevenção, diagnóstico precoce, notificação e tratamento da doença em tempo oportuno. A transmissão pode ocorrer a partir do contato das fezes do inseto “barbeiro”, com a pele ferida ou com a mucosa do olho. Pode ocorrer, também, pela ingestão de alimentos contaminados e por meio da transfusão de sangue ou transplante de pessoas com a doença. Recém-nascidos de mulheres portadoras também podem ter a doença. Ela se manifesta de forma aguda ou crônica, compromete o coração, esôfago ou intestino. Embora 70% dos casos sejam assintomáticos, a pessoa infectada pode apresentar febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas. São comuns também dor de estômago, vômitos e diarreia. Devido à inflamação no coração, pode ocorrer ainda falta de ar intensa, tosse e acúmulo de água no coração e pulmão. Se a pessoa for picada pelo barbeiro, a lesão tende a ser semelhante a um furúnculo no local. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença de Chagas atinge pelo menos um milhão de pessoas no Brasil e resulta em mais de quatro mil mortes a cada ano. Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas vivem em áreas de exposição e correm o risco de contrair a doença. Não há casos confirmados na forma aguda no Paraná. Com relação aos casos crônicos, foi estabelecida neste ano pelo Ministério da Saúde a ficha de notificação compulsória no sistema oficial. Uma das formas de controle da doença de Chagas é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro ou perto das residências. Caso isso ocorra, é necessário acionar a vigilância local para que as equipes técnicas realizem as ações de controle. No SUS, o tratamento aos pacientes e os medicamentos são disponibilizados gratuitamente. (Repórter: Felippe Salles)