Estado fará licitação inédita para modernizar sistema de transporte metropolitano da Grande Curitiba
24/01/2023
O Governo do Estado apresentou nesta terça-feira para prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba o projeto da primeira licitação para o Sistema de Transporte Coletivo, construído em conjunto com o Ministério Público do Paraná e o Tribunal de Contas do Estado. A licitação dará mais segurança jurídica e operacional à integração metropolitana, garantindo uma concorrência abrangente e transparente. O novo modelo também resolve um problema histórico na operação porque, apesar de a Rede Integrada de Transporte ter sido implementada em 1996, nunca houve um processo licitatório para a contratação das empresas e para organizar as operações, fazendo com que seja operado a partir de um sistema distante do ideal. A rede integrada atende 19 municípios da Região Metropolitana, além de Curitiba, com 18 empresas responsáveis pela operação de 206 linhas. Elas contam com uma frota de 796 ônibus para fazer a ligação com a Capital e, em alguns casos, entre as próprias cidades. Essas linhas recebem uma média de 10 milhões e 100 mil passageiros por mês. O secretário de Cidades, Eduardo Pimentel, destaca a importância da licitação e o trabalho do Governo do Estado para que isso aconteça.// SONORA EDUARDO PIMENTEL.//
A gestão do transporte metropolitano é feita pela Amep, Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná, antiga Comec. Para garantir a integração, o órgão repassa cerca de 170 milhões de reais por ano aos municípios, subsídio usado para que o preço da tarifa não seja tão alto comparado aos custos operacionais, equilibrando o valor para os usuários. O recurso, que deveria ser utilizado somente para o sistema metropolitano, acaba também subsidiando parte do transporte urbano dessas cidades, uma atribuição constitucional dos próprios municípios. Hoje, somente Campo Largo, Araucária, Curitiba e São José dos Pinhais possuem um sistema próprio de transporte público, ao mesmo tempo em que fazem parte da Rede Integrada. Das 206 linhas em operação, 139 correspondem ao transporte metropolitano e 67 ao transporte urbano municipal, um terço do total. A nova modelagem vai alterar o sistema de atendimento municipal e focar apenas no transporte metropolitano. Entretanto, o Governo do Paraná irá garantir uma transição gradual às prefeituras, o que também foi acordado com o Ministério Público, com investimentos nos municípios a partir de convênios para apoiar o início da operação. Uma série de estudos contratados pela Amep desde 2019 vão subsidiar a licitação, seguindo as determinações dos órgãos de controle. Os estudos, que estão na fase de revisão, vão apontar o modelo necessário de cálculo tarifário, origem e destino dos deslocamentos para uma realidade atual e modelagem econômico-financeira do sistema. Uma das novidades é a possibilidade de incluir municípios mais distantes ao norte e ao sul da Capital, como os do Vale do Ribeira, integrando novos moradores aos serviços oferecidos por Curitiba. Eles também ajudam a conter alguns problemas recentes no sistema, que são o aumento da frota de veículos individuais, proliferação dos serviços de aplicativos, queda de usuários da pandemia e concentração de demanda em picos. A licitação deve ocorrer em quatro lotes. O prazo de concessão será de 12 anos, com frota devendo ter idade média de seis anos. O sistema também terá bilhetagem eletrônica, câmeras de monitoramento e contagem de passageiros nos terminais e veículos e centro de controle de operações. Todos os detalhes estão disponíveis no site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)
A gestão do transporte metropolitano é feita pela Amep, Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná, antiga Comec. Para garantir a integração, o órgão repassa cerca de 170 milhões de reais por ano aos municípios, subsídio usado para que o preço da tarifa não seja tão alto comparado aos custos operacionais, equilibrando o valor para os usuários. O recurso, que deveria ser utilizado somente para o sistema metropolitano, acaba também subsidiando parte do transporte urbano dessas cidades, uma atribuição constitucional dos próprios municípios. Hoje, somente Campo Largo, Araucária, Curitiba e São José dos Pinhais possuem um sistema próprio de transporte público, ao mesmo tempo em que fazem parte da Rede Integrada. Das 206 linhas em operação, 139 correspondem ao transporte metropolitano e 67 ao transporte urbano municipal, um terço do total. A nova modelagem vai alterar o sistema de atendimento municipal e focar apenas no transporte metropolitano. Entretanto, o Governo do Paraná irá garantir uma transição gradual às prefeituras, o que também foi acordado com o Ministério Público, com investimentos nos municípios a partir de convênios para apoiar o início da operação. Uma série de estudos contratados pela Amep desde 2019 vão subsidiar a licitação, seguindo as determinações dos órgãos de controle. Os estudos, que estão na fase de revisão, vão apontar o modelo necessário de cálculo tarifário, origem e destino dos deslocamentos para uma realidade atual e modelagem econômico-financeira do sistema. Uma das novidades é a possibilidade de incluir municípios mais distantes ao norte e ao sul da Capital, como os do Vale do Ribeira, integrando novos moradores aos serviços oferecidos por Curitiba. Eles também ajudam a conter alguns problemas recentes no sistema, que são o aumento da frota de veículos individuais, proliferação dos serviços de aplicativos, queda de usuários da pandemia e concentração de demanda em picos. A licitação deve ocorrer em quatro lotes. O prazo de concessão será de 12 anos, com frota devendo ter idade média de seis anos. O sistema também terá bilhetagem eletrônica, câmeras de monitoramento e contagem de passageiros nos terminais e veículos e centro de controle de operações. Todos os detalhes estão disponíveis no site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)