Estado faz ação no Vale do Ribeira para proteger produção de tangerina do greening

01/07/2025
Para proteger os pomares de ponkan em Doutor Ulysses e Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba, fiscais da Adapar estão orientando os produtores sobre os cuidados com o greening, principal doença que afeta a citricultura. Os fiscais iniciaram esta semana um trabalho em pomares com plantas sintomáticas, ajudando na detecção e na erradicação das plantas doentes. O Vale do Ribeira é a principal região produtora de tangerinas do Paraná. A ação é mais uma edição da Operação Big Citros, que visa baixar a incidência do greening. A estratégia é repetir o modelo realizado desde 2023 nas regiões Norte e Noroeste. Foram acionados 30 servidores da Adapar, divididos em 13 equipes. O trabalho iniciou com o mapeamento de aproximadamente 700 propriedades dos municípios. Nessa primeira fase os fiscais de defesa agropecuária receberam as coordenadas e as equipes foram direcionadas para atuarem em uma amostragem de 10% dessas propriedades. Além de identificar a presença da doença, os produtores são orientados quanto aos sintomas e formas de evitar que o greening se alastre. As equipes técnicas da Adapar e do IDR-Paraná ainda não constataram a presença do, psilídeo asiático dos citros, inseto transmissor da doença. A Adapar também tem alertado para o comércio ilegal de mudas, que podem carregar plantas doentes. Na última sexta, a agência reuniu produtores no Ceasa para alertar sobre esse risco. O greening ou HLB provoca queda prematura dos frutos e redução da produção, podendo levar à morte precoce das plantas. Os frutos afetados geralmente ficam menores, deformados, apresentando formato semelhante ao de pêra, com sementes abortadas, menor teor de açúcares e acidez elevada, o que reduz o valor comercial. Diante deste cenário, o governador em exercício, Darci Piana, assinou um Decreto, publicado nesta segunda-feira, que amplia por mais 180 dias a situação de emergência fitossanitária para o greening. Isso permite que o Estado mantenha maior agilidade e efetividade nas ações de controle da doença. (Repórter: Gustavo Vaz)