Estado promove grande operação para baixar casos de greening e reforçar prevenção

28/08/2023
Como atividade de conscientização, fiscalização e reforço nas medidas de prevenção e controle do HLB ou greening, uma das principais pragas que afetam os citros no mundo, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar, promoveu na semana passada uma operação visando baixar a incidência do greening, Operação Big Citros, no Noroeste do Paraná. O trabalho foi feito tanto em pomares comerciais quanto em propriedades rurais e urbanas com frutas para consumo familiar. Entre as orientações repassadas está a compra somente de mudas certificadas, evitando adquirir e plantar as que são vendidas no comércio ambulante, e o corte voluntário das árvores em que a praga já estiver detectada. Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Blood, o greening é uma doença com potencial para inviabilizar a citricultura no Paraná e em todo o Brasil, com forte impacto na economia das regiões produtoras. // SONORA RENATO BLOOD //

Não há tratamento e o controle precisa ser preventivo. O HLB ou greening dos citros é uma praga importante devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. No Brasil, a bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus é o principal agente causal do HLB. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta, Fortunella spp. e Poncirus spp., e é transmitida pelo psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri Kuwayama. Além disso, os frutos ficam menores, deformados, podendo apresentar sementes abortadas, açúcares reduzidos e acidez elevada, o que deprecia o seu sabor, diminuindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial. A Operação Big Citros foi a maior ação de vigilância fitossanitária já feita pela Adapar, com 40 servidores envolvidos diretamente nas ações em mais de 300 pontos georreferenciados de 13 municípios, em propriedades com plantas hospedeiras, tanto em áreas comerciais como áreas não comerciais, pomares abandonados e plantas isoladas. Considerando a gravidade desse problema fitossanitário, a Adapar, o IDR-Paraná e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento emitiram no final de julho uma Nota Técnica. As plantas infectadas apresentam inicialmente folhas com manchas amarelas em apenas um ou poucos ramos, quadro que pode evoluir para toda a copa da planta. A área ocupada pela citricultura no Paraná é de aproximadamente 29.200 ha, sendo 20.700 ha de laranjas, 7.000 ha de tangerinas e 1.500 ha de lima ácida tahiti. O Valor Bruto da Produção da citricultura somou mais de 826 milhões de reais com produção de 842 mil toneladas de frutos. (Repórter: Victor Luís)