Evento na Secretaria da Cultura com povos ciganos promove discussão sobre igualdade

22/09/2023
Em comemoração ao Dia Estadual dos Povos Ciganos, celebrado neste sábado, 23 de setembro, a Secretaria de Estado da Cultura recebeu, nesta sexta, uma performance de dança acompanhada por um bate-papo educativo. A apresentação contou com a participação de Cláudio Iovanovitchi, do grupo étnico Rom, e a esposa do artista, a atriz e dançarina Neiva Camargo. O objetivo do evento foi valorizar a cultura cigana e conscientizar o público sobre a questão de igualdade e combate à discriminação. O evento foi realizado na Sala Adalice Araújo, em Curitiba, espaço de arte público da Secretaria da Cultura, para dezenas de colaboradores da secretaria. No Paraná, o Dia dos Povos Ciganos é instituído por uma lei dos anos 2000, antecedendo a lei federal que estabeleceu a data em nível nacional, em 2006. A comemoração relembra e chama atenção para as violências, os rótulos e os preconceitos contra os povos ciganos e manifesta a luta das sociedades e etnias que a compõem. Iovanovitchi, também conhecido como “Cigano” no meio cultural, falou alguns minutos sobre os grupos étnicos enquanto Neiva Camargo performou uma dança tradicional. Ao final do evento, os artistas convidaram o público para um bate-papo sobre a cultura dos povos ciganos. Ele destaca que o Paraná é exemplo para o Brasil quando o assunto é inclusão cigana. // SONORA CLÁUDIO IOVANOVITCHI //

A denominação “cigano” se refere a diversas etnias e ao longo dos anos ganhou conotação pejorativa. Existem três grandes grupos: Calon, Rom e Sinti. No Paraná há registro das duas primeiras. Cada um desses grupos étnicos possui costumes próprios, língua nativa e especificidades. No Brasil, cerca de 800 mil pessoas se identificam como ciganos, de acordo com o IBGE. É a terceira maior população cigana do mundo, atrás da Romênia e Estados Unidos. Ao longo da história, os povos ciganos enfrentaram uma série de atos de discriminação e violência, incluindo a escravidão na Europa e o Holocausto na Segunda Guerra Mundial. Até hoje, as pessoas identificadas como “ciganas” sofrem com a presença marcante de preconceito racial. (Repórter: Victor Luís)