Exame para a detecção do câncer de colo de útero é disponibilizado gratuitamente no Paraná
01/06/2023
A infecção causada pelo papilomavírus humano, o HPV, é considerada a principal causa do câncer de colo de útero. Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas são contaminadas com este vírus em algum momento da vida. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer mostram que neste ano devem ser notificados 17 mil novos casos no Brasil, sendo, em média, 790 no Paraná. O SUS disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV. O esquema contempla a aplicação de duas doses com intervalo de seis meses entre elas. O público alvo são meninos e meninas de 9 a 14 anos. Homens e mulheres imunossuprimidos, transplantados, com câncer ou que convivem com HIV e Aids também são contemplados. Além disso, o exame citopatológico, popularmente chamado de papanicolau, também é ofertado pelo SUS. O procedimento permite a detecção precoce de lesões, que se tratadas em tempo oportuno possuem grandes chances de não evoluir para o câncer. A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas, podendo ficar oculta de meses a anos. No início, as mulheres não sentem nada. Mais tarde, podem surgir sangramentos fora do período menstrual, além de dor e corrimentos. As primeiras manifestações da infecção surgem aproximadamente de dois a oito meses, mas podem demorar até 20 anos. Durante a pandemia houve uma queda expressiva no número de exames citopatológicos. De acordo com o Sistema de Informação do Câncer, em 2019 foram feitos 523 mil exames de rastreamento em mulheres de 25 a 64 anos no Paraná, já em 2020 esse número teve uma queda de 46%, para 281 mil. Em 2021 foram 382 mil e no ano passado, 507 mil exames em todo Estado. Com meta de 80% no Programa Nacional de Imunização, a vacinação contra o HPV também tem atingido índices insatisfatórios no Brasil inteiro. De acordo com o Boletim Epidemiológico deste ano, a cobertura para a primeira dose é de 75%, e para a segunda de 57%, isso na população brasileira feminina. O Paraná se destaca como o Estado que mais vacinou para a primeira dose em meninas, com 77,8%. Com relação a segunda dose, o índice no Paraná é de 62,4%. (Repórter: Gustavo Vaz)