Exportação de carne suína do Paraná cresce 7,9% em 2025 e atinge maior volume da história

13/11/2025
Os suinocultores do Paraná comemoram um resultado histórico nas exportações. No mês de outubro, o Estado embarcou 22 mil e 180 toneladas de carne suína, o segundo maior volume desde 1997. Os dados são do Boletim Conjuntural do Deral, o Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. O número é 7,9% maior que no mesmo período do ano passado. O recorde segue sendo o de setembro, com 25 mil e 180 toneladas exportadas. É o que explica a médica veterinária do Deral, Priscila Marcenovicz. // SONORA PRISCILA MARCENOVICZ //

Com esse ritmo, o Paraná já supera o total enviado em 2024, quando exportou 183 mil 690 toneladas. De janeiro a outubro deste ano, o volume chega a 195 mil e 160 toneladas, ultrapassando em 11 mil e 470 toneladas tudo o que foi embarcado no ano passado. O boletim também mostra os impactos das tempestades de novembro. Na soja, cerca de 270 mil hectares tiveram algum dano. Em 80 mil hectares, as perdas são severas e devem exigir replantio. Outros 190 mil hectares devem perder produtividade, principalmente nas regiões de Campo Mourão, Londrina e Maringá. Na cevada, o cenário é positivo. A colheita avançou rapidamente e chegou a 83% da área, com boa qualidade do grão. Em fevereiro, a saca chegou a ser vendida por 92 reais, cerca de 29% acima dos valores atuais. Para o engenheiro agrônomo do Deral, Hugo Godinho, a agricultura paranaense vive um período de contrastes. // SONORA HUGO GODINHO //

Segundo o especialista, essa diferença também é percebida na pecuária. // SONORA HUGO GODINHO //

No leite, o produtor recebeu em média 2 reais e 51 centavos por litro em outubro, elevando a relação de troca para 24,4 litros de leite por saca de milho. A olericultura segue forte. Em 2024, o setor movimentou 7 bilhões e 100 milhões, com 115 mil e 800 hectares cultivados e 2 milhões e 900 mil toneladas colhidas. Curitiba lidera o valor gerado, seguida por Guarapuava, Ponta Grossa, Apucarana e Jacarezinho. A produção varia entre batata, tomate, mandioca “in natura”, cenoura, pimentão, pepino e outras culturas que sustentam a renda regional. (Repórter: Gabriel Ramos)