Fixação biológica de nitrogênio gera lucro e benefício ambiental, diz estudo do IDR-PR

15/06/2023
A FBN, fixação biológica de nitrogênio possibilitou aos produtores de soja economizar 15 bilhões e 200 milhões de dólares em fertilizantes químicos na safra 2019-2020, conforme revela um estudo do IDR Paraná e da Embrapa Soja. A tecnologia possibilita o fornecimento de nitrogênio para as plantas sem a necessidade de recorrer à adubação com ureia. A FBN é um processo natural. Certos tipos de bactérias que vivem no solo podem se fixar nas raízes de determinadas plantas, como a soja, e com elas estabelecer um processo de simbiose. Esses microrganismos são capazes de capturar o nitrogênio da atmosfera e convertê-lo em amônia, forma em que o nutriente é assimilado pelas plantas. Os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos para analisar dados da área cultivada, produção, rendimento, demanda de nitrogênio pelas lavouras, preço pago pela ureia e doses de inoculante comercializadas em 11 safras, de 2009-2010 a 2019-2020. Na safra 2009-2010, por exemplo, a FBN foi responsável por uma economia de 3 bilhões e 200 milhões de dólares em ureia. No mesmo período, a adoção de inoculantes aumentou 16% ao ano, em média. Na safra 2019-2020, a inoculação foi utilizada em cerca de 25% das lavouras comerciais de soja no Brasil, com ganhos de produtividade que propiciaram um lucro de 914 milhões de dólares. (Repórter: Nathália Gonçalves)