Governador recebe bombeiro paranaense que combateu incêndios florestais no Canadá

04/09/2023
O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu nesta segunda-feira o 1º tenente Bruno Eduardo Da Macena, do 2º Grupamento de Bombeiros de Ponta Grossa. Ao lado de bombeiros de outros estados, o profissional foi para o Canadá em 21 de julho, onde atuou ativamente na pior temporada de incêndios florestais já registrada no país norte-americano até o seu retorno ao Brasil, em 23 de agosto. Ao receber Da Macena, que estava acompanhado do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, o governador agradeceu o empenho dele na missão internacional representando toda a corporação. No final de 2022, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição feita pelo Executivo estadual que garantiu a autonomia financeira e administrativa do Corpo de Bombeiros. O bombeiro paranaense fez parte de um grupo de 100 profissionais de diversas áreas e instituições que integraram a missão organizada pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores. Segundo Da Macena, o cenário encontrado é muito diferente daquele que se tem no Brasil, com vegetação e clima muito seco no verão, o que exigiu estratégias de combate próprios para a região. // SONORA BRUNO EDUARDO //

A vegetação é uma floresta de coníferas resinosa, altamente inflamável, o que faz com que as chamas se espalhem rapidamente. Além disso, o que predomina na região é o incêndio subterrâneo, algo pouco usual no Brasil. De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o Paraná se destaca em âmbito nacional no combate a incêndios florestais desde a década de 1960, quando o Estado enfrentou severas situações deste tipo em diversas regiões. // SONORA MANOEL VASCO //

Outro fator que impacta no tipo de abordagem feita pelos bombeiros canadenses é uma espécie de besouro que cava buracos nas árvores, típico da região da Colúmbia Britânica, onde os maiores focos estão concentrados. O inseto não resiste a temperaturas abaixo de -40°C, mas os termômetros não têm baixado de -30°C, o que contribuiu com proliferação da praga. Com isso, há muitas árvores podres no meio da mata com risco de queda, o que representa um perigo a mais aos profissionais em ação. (Repórter: Victor Luís)