Hortas urbanas sob linhas da Copel produzem orgânicos e impactam na saúde dos produtores

13/11/2022
O Programa Cultivar Energia, da Copel, já soma mais de 40 mil metros quadrados de área destinada para plantio de hortaliças e legumes em faixas de segurança de linhas da empresa no Paraná. São 11 hortas em pleno funcionamento, viabilizadas em parceria com as prefeituras de Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel, Francisco Beltrão, Umuarama e Maringá, esta última onde a semente do Cultivar Energia foi plantada com um projeto-piloto em 2013, que rendeu bons frutos. Após a experiência bem-sucedida, a Copel definiu critérios técnicos para uso das áreas sob linhas de transmissão e vem expandindo a iniciativa, que já conta com 377 horticultores. Considerando que cada um deles produz alimento suficiente para distribuir entre parentes, amigos e organizações sociais da comunidade e, ainda, vender o excedente, são milhares de pessoas beneficiadas. Segundo levantamento da Copel, em cada horta são produzidas, em média, de três a três toneladas e meia de alimentos por mês. Somando todas as hortas do Estado, são pelo menos 33 toneladas de verduras, legumes e frutas orgânicos todos os meses. E esse impacto positivo vai crescer ainda mais. Estão em fase de implantação duas novas hortas em Curitiba, duas em Cascavel, uma em Londrina, uma em Almirante Tamandaré e outra em Apucarana. O assistente social Rafael Carmona, um dos coordenadores do Cultivar Energia na Copel, explica como funciona o programa.// SONORA RAFAEL CARMONA.//

Logo na criação da horta os ganhos para os envolvidos ficam evidentes. O uso controlado do terreno e a instalação de cercas evita que o local seja ocupado de forma indevida ou acumule resíduos despejados irregularmente. Na rotina de manejo, os horticultores têm como obrigação respeitar normas de segurança determinadas pela Copel. É proibido entrar na área em dias chuvosos e usar fios metálicos nos canteiros, por exemplo. As plantas cultivadas não podem ultrapassar dois metros de altura. As hortas são monitoradas pela empresa para garantir o pleno funcionamento e avaliação dos resultados. Periodicamente, técnicos da Companhia reúnem-se com os grupos para reforçar a importância desses e outros cuidados no convívio com a rede elétrica, como o risco de acidentes por conta de pipas que enroscam nos fios e a proibição de soltar balões. Com isso, ganham aliados nesse cuidado, como Josué do Nascimento, um dos beneficiários da Horta Augusta B, em Curitiba.// SONORA JOSUÉ DO NASCIMENTO.//

A agente de Saúde Cristiane de Aquino trabalha há 20 anos na região das hortas do Morumbi, em Curitiba, e acompanha de perto os resultados do projeto. Ela estima que somente essas duas hortas impactam positivamente mais de 23 mil pessoas.// SONORA CRISTIANE DE AQUINO.//

Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)