IAT anuncia plano de modernização sustentável de viveiros e laboratórios de mudas

25/06/2025
O Instituto Água e Terra apresentou nesta terça-feira os planos para modernização dos 19 viveiros florestais e dos dois laboratórios de sementes administrados pelo órgão ambiental. Entre as novidades que começam a ser implementadas nos próximos meses estão a produção de mudas com suporte do paper pot, tecnologia que usa papel biodegradável como embalagem; instalação de pontos para reuso da água de irrigação; sistema de reaproveitamento energético; e a implantação da fertirrigação, técnica que aplica fertilizantes por meio da água de irrigação, otimizando a nutrição das plantas. Além disso, todos os complexos vão passar a contar com internet de última geração para o uso de novos sistemas de monitoramento, controle e distribuição. O investimento estimado é de 35 milhões de reais, com recursos da compensação pelo acidente ambiental causado pela Petrobras em 2000 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, autorizados no ano passado pela Justiça Federal. O anúncio foi feito durante o encontro de capacitação para coordenadores de viveiros e laboratórios de sementes do Instituto. O ciclo de palestras, voltado exclusivamente para servidores e colaboradores, vai até quinta-feira no campus da UniCesumar, em Curitiba. O pacote ainda inclui a aquisição de equipamentos para coleta, beneficiamento e transporte das sementes, sistemas de monitoramento, refrigeradores, painéis solares, estufas agrícolas e automatização dos sistemas de irrigação. Entre os destaques está a incorporação do paper pot. A tecnologia usa papel biodegradável como embalagem, o que gera menos estresse para a raiz. Segundo o engenheiro florestal do IAT, Alexandre Mastella, isso evita, também, o uso do tubete, que leva anos para se decompor e precisa de batidas para soltura das mudas, podendo prejudicar a planta. // SONORA ALEXANRE MASTELLA //

A ação integra o programa Paraná Mais Verde, que incentiva o plantio de mudas de espécies nativas como forma de aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social. O Estado alcançou neste semestre a marca de 12 milhões de mudas de espécies nativas distribuídas desde 2019. (Repórter: Gustavo Vaz)