IAT monta força-tarefa para identificar desmatamento irregular em Guaratuba

23/05/2023
O IAT, Instituto Água e Terra, em parceria com a Prefeitura de Guaratuba, no Litoral do Paraná, e o Batalhão da Polícia Ambiental - Força Verde, colocou em prática um plano semanal de monitoramento e fiscalização de áreas urbanas e de proteção ambiental desmatadas irregularmente no município. A primeira ação ocorreu na semana passada e identificou pontos de supressão de vegetação ou localidades com ocupação irregular, especialmente na Área de Proteção Ambiental do Parque Estadual do Boguaçu. As ações da força-tarefa são coordenadas pelo escritório regional do IAT em Paranaguá, que atende o Litoral. Além da fiscalização por terra, a força-tarefa conta também com um drone para acompanhamento aéreo. É com base nessas imagens que o escritório prepara o plano de atuação, com a criação de um roteiro semanal para futuras fiscalizações. Célia Rocha, gestora da Área de Proteção Ambiental de Guaratuba, explica que essa investigação vai auxiliar na percepção de mudanças territoriais, a fim de identificar novas ações de desmatamento irregular. A equipe conta com suporte das Forças de Segurança para, em caso de comprovação da ilicitude em flagrante, fazer a prisão ainda durante a inspeção. De acordo com ela, durante a primeira fiscalização, na quarta-feira, as equipes do IAT e Polícia Ambiental encontraram manilhas na mata que fica nos arredores do Parque do Boguaçu. // SONORA CÉLIA ROCHA //

Ainda durante a primeira fiscalização, foram identificadas construções de loteamentos sem autorização ambiental do IAT. A lei federal que dispõe sobre o uso e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica foi sancionada em 2006. A proteção dessas áreas tem por objetivo o desenvolvimento sustentável, a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social. A legislação deixa claro que o corte de mata que protege o entorno de uma Unidade de Conservação é vedado, acarreta detenção de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas. (Repórter: Nathália Gonçalves)