IDR-Paraná discute enfezamento do milho com produtores que participarão do Show Rural
02/02/2023
O IDR-Paraná preparou para a edição 35 do Show Rural uma unidade temática para discutir com os visitantes o enfezamento do milho, doença que preocupaprodutores e técnicos em todo o Brasil. Infestações esporádicas foram localizadas primeiro no Oeste do Paraná há cerca de 20 anos. A partir de 2017 aumentaram os relatos e, nas últimas safras, houve a constatação de até 40% de perdas pela doença em algumas lavouras do Estado. Os especialistas denominam a moléstia de complexo do enfezamento, porque o ciclo envolve um inseto, a cigarrinha-do-milho, as bactérias fitoplasma e espiroplasma, também conhecidas como molicutes, e, ainda, o chamado vírus da risca. Não há controle para as doenças do complexo de enfezamento. Por isso, é fundamental escolher cultivares tolerantes à cigarrinha, usar sementes tratadas e adotar ações preventivas culturais integradas com aplicações de inseticidas químicos e biológicos. A cigarrinha se contamina ao sugar a seiva de plantas infectadas e transmite as bactérias e o vírus quando migra para se alimentar novamente em lavouras sadias. O inseto voa em um raio de 30 quilômetros, mas também é transportado por correntes de ar e pode alcançar distâncias maiores. Os sintomas são manchas vermelhas ou amarelas nas bordas das folhas ou em formato de riscas e desenvolvimento reduzido da lavoura. É preciso observar, no entanto, que inseticidas biológicos devem ser usados a partir do estágio V3, quando a planta já formou o “cartuchinho”. A eficiência desses produtos também está relacionada com a pulverização em dias em que haja boa umidade do ar, com mais de 55%, e temperatura ao redor de 30°C. Outro cuidado recomendado é a semeadura simultânea em uma mesma região para evitar a chamada “ponte verde”, que é a existência de lavouras em diferentes etapas de desenvolvimento e, com isso, oferta de alimentos e estímulo à migração das cigarrinhas. (Repórter: Gustavo Vaz)