Incubada pelo Tecpar, startup produz pele artificial para simular cirurgias veterinárias

01/12/2025
Mais uma iniciativa inovadora passa a integrar a Intec, Incubadora Tecnológica do Tecpar: a Simulavet, startup que está desenvolvendo simuladores para treinamentos cirúrgicos veterinários. A empresa trabalha para aprimorar e nacionalizar um produto que hoje só existe no exterior, uma pele artificial capaz de reproduzir procedimentos cirúrgicos com realismo, oferecendo uma alternativa ao uso de cadáveres de animais. Com o apoio da Intec, o Tecpar está auxiliando a Simulavet no processo de industrialização, um passo essencial para transformar um protótipo ainda artesanal em um produto capaz de atender, em escala, faculdades e centros de treinamento em todo o país. A ideia da pele artificial surgiu durante a pesquisa de mestrado do médico-veterinário, professor universitário e fundador da Simulavet, Matheus Cruz. Ele destaca a importância desse apoio do Instituto para o projeto. // SONORA MATHEUS CRUZ //

Segundo Matheus, a obtenção ética de cadáveres está cada vez mais difícil, já que tutores procuram cremação e sepultamento, o que reduz a disponibilidade para fins acadêmicos. O resultado disso é a reutilização excessiva de cadáveres já em processo de decomposição, o que compromete a segurança e a qualidade do treinamento. O diretor-presidente do Tecpar, Eduardo Marafon, observa que o papel da incubadora tecnológica é justamente esse que o empreendedor está vendo na prática: tornar uma ideia em um produto viável, para apoiar o desenvolvimento de novos negócios no Paraná. // SONORA EDUARDO MARAFON //

A médica veterinária Allessandra Kopf participou dos testes do primeiro protótipo ainda em 2017, quando era estudante. Allessandra conta como essa experiência agregou na formação dela. // SONORA ALLESSANDRA KOPF //

No início, a Simulavet não tinha foco empresarial: o objetivo era apenas criar protótipos funcionais para a ciência. Mas a parceria com o Tecpar mudou esse cenário. Com orientação técnica e apoio no desenvolvimento, a equipe passou a aperfeiçoar materiais, reduzir custos e chegar a resultados mais consistentes para lançar o produto comercialmente já no início de 2026. (Repórter: Gabriel Ramos)