Inovação ganha força no Paraná com integração cada vez maior entre setores; veja exemplos
15/03/2022
Empresas inovadoras, em meio a um ecossistema de inovação em que governo, academia, setor produtivo, investidores, terceiro setor e a sociedade estão integrados, têm mais chances de sobreviverem. E essa conexão vem ganhando força no Paraná, onde mil 434 empresas inovadoras geram mais de 12 mil empregos em 87 cidades, segundo o Sebrae/PR. Curitiba é a cidade com mais empresas inovadoras no Estado, mas quase dois terços do total não estão na capital ou próximas a ela. Com 180 startups, Londrina, na região Norte, fica em segundo lugar no mapeamento. A Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica, Intuel, vinculada à Agência de Inovação Tecnológica, da Universidade Estadual de Londrina, é um ponto em comum nas trajetórias bem-sucedidas de duas ideias inovadoras que se tornaram empresas: a Poliverde, que atua no aproveitamento de resíduos têxteis, e a A Deliveria, startup comprada por uma gigante do setor do delivery online. O gerente da Intuel, Thiago Spiri Ferreira, destaca que hoje são 15 empresas incubadas e o interesse parte dos empreendedores, que podem ser pesquisadores da UEL ou comunidade externa.// SONORA THIAGO SPIRI FERREIRA.//
O serviço ou produto pode resolver uma “dor” das empresas e da sociedade. E uma dessas dores foi resolvida pela Poliverde, que tem foco na economia circular. A Poliverde ocupa um galpão de 50 metros quadrados no campus da UEL, onde desenvolve um processo ambientalmente amigável de reciclagem e logística reversa dos retalhos de poliamida, tecido usado na moda fitness. A ideia veio do encontro, na UEL, da pesquisa de mestrado em bioenergia do químico Jhonatan Baumi. Ele aproveitou uma das três patentes geradas na academia para empreender.// SONORA JHONATAN BAUMI.//
Hoje a empresa incubada coleta e recicla retalhos de poliamida e os transforma em pellets, matéria-prima plástica para o fio sintético ser tecido de novo. Uma das grandes vantagens da incubação é que a Intuel está ligada à Agência de Inovação da UEL, onde se conecta a três escritórios: design; propriedade intelectual; e transferência de tecnologia, na autorização para comercializar tanto o conhecimento quanto serviços ou produtos gerados na UEL. Os sócios querem fechar a cadeia verde, tratando o resíduo a partir de microalgas. E para a nova etapa, eles já contam com um pesquisador custeado pelos 90 mil reais em bolsas do CNPq e, recentemente, receberam um reforço de 374 mil reais pelo Tecnova, da Fundação Araucária. Pertencente ao Governo do estado, a Fundação é uma das entidades que, junto à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, contribui para que as pesquisas se transformem em produtos e serviços para a sociedade. O diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, cita as quatro fases de desenvolvimento apoiadas.// SONORA LUIZ MÁRCIO SPINOSA.//
O caminho já percorrido pela Poliverde revela um horizonte promissor rumo à graduação, etapa em que a empresa faz seu pouso seguro e independente no mercado. São, no máximo, quatro anos de incubação. Foi o que aconteceu com a startup A Deliveria, integrada ao iFood em 2015. Roberto Moreira era acadêmico de Economia na UEL quando a ideia virou empresa co-fundada junto a dois amigos. Para ele, o período de cerca de um ano e meio na incubadora foi fundamental para ganhar experiência, registrar a marca, conectar-se e não se perder durante o rápido crescimento.// SONORA ROBERTO MOREIRA.//
O Tecnocentro deverá ser o ponto central para articular a inovação em Londrina, ressalta Moreira.// SONORA ROBERTO MOREIRA.//
O Tecnoparque de Londrina está entre os 18 parques tecnológicos credenciados no Paraná atualmente, nove em funcionamento e nove em processo de implantação ou planejamento. (Repórter: Felippe Salles)
O serviço ou produto pode resolver uma “dor” das empresas e da sociedade. E uma dessas dores foi resolvida pela Poliverde, que tem foco na economia circular. A Poliverde ocupa um galpão de 50 metros quadrados no campus da UEL, onde desenvolve um processo ambientalmente amigável de reciclagem e logística reversa dos retalhos de poliamida, tecido usado na moda fitness. A ideia veio do encontro, na UEL, da pesquisa de mestrado em bioenergia do químico Jhonatan Baumi. Ele aproveitou uma das três patentes geradas na academia para empreender.// SONORA JHONATAN BAUMI.//
Hoje a empresa incubada coleta e recicla retalhos de poliamida e os transforma em pellets, matéria-prima plástica para o fio sintético ser tecido de novo. Uma das grandes vantagens da incubação é que a Intuel está ligada à Agência de Inovação da UEL, onde se conecta a três escritórios: design; propriedade intelectual; e transferência de tecnologia, na autorização para comercializar tanto o conhecimento quanto serviços ou produtos gerados na UEL. Os sócios querem fechar a cadeia verde, tratando o resíduo a partir de microalgas. E para a nova etapa, eles já contam com um pesquisador custeado pelos 90 mil reais em bolsas do CNPq e, recentemente, receberam um reforço de 374 mil reais pelo Tecnova, da Fundação Araucária. Pertencente ao Governo do estado, a Fundação é uma das entidades que, junto à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, contribui para que as pesquisas se transformem em produtos e serviços para a sociedade. O diretor científico, tecnológico e de inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, cita as quatro fases de desenvolvimento apoiadas.// SONORA LUIZ MÁRCIO SPINOSA.//
O caminho já percorrido pela Poliverde revela um horizonte promissor rumo à graduação, etapa em que a empresa faz seu pouso seguro e independente no mercado. São, no máximo, quatro anos de incubação. Foi o que aconteceu com a startup A Deliveria, integrada ao iFood em 2015. Roberto Moreira era acadêmico de Economia na UEL quando a ideia virou empresa co-fundada junto a dois amigos. Para ele, o período de cerca de um ano e meio na incubadora foi fundamental para ganhar experiência, registrar a marca, conectar-se e não se perder durante o rápido crescimento.// SONORA ROBERTO MOREIRA.//
O Tecnocentro deverá ser o ponto central para articular a inovação em Londrina, ressalta Moreira.// SONORA ROBERTO MOREIRA.//
O Tecnoparque de Londrina está entre os 18 parques tecnológicos credenciados no Paraná atualmente, nove em funcionamento e nove em processo de implantação ou planejamento. (Repórter: Felippe Salles)