Inteligência georreferenciada mantém Paraná livre de casos locais de febre amarela

22/11/2025
A Secretaria de Estado da Saúde utiliza tecnologia de ponta para fortalecer a vigilância no Paraná. O Estado é um dos pioneiros na aplicação do SISS-Geo, Sistema de Informação em Saúde Silvestre – Georreferenciado. Criada pela Fiocruz, a ferramenta é fundamental no monitoramento em tempo real de Primatas Não Humanos, os macacos, que funcionam como sentinelas naturais da febre amarela. Essa atuação contribui com o atual cenário de não haver registros de casos humanos. A febre amarela é doença viral infecciosa e febril aguda, transmitida pela picada de mosquitos. O SISS-Geo faz o monitoramento nos 399 municípios do Estado. De acordo com o último Informe Epidemiológico da febre amarela, divulgado entre julho do ano passado e junho deste ano, o SISS-Geo registrou 101 notificações de epizootias, ou seja, macacos doentes ou mortos, em 23 municípios do Paraná. Desse total, nenhuma foi confirmada para febre amarela, resultado da eficácia da vigilância. Foram 44 casos humanos notificados, com nenhum confirmado. O Paraná foi piloto na aplicação do sistema entre 2018 e 2019. Hoje, o Estado exige a obrigatoriedade da notificação via SISS-Geo junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação para casos de febre amarela. Essa logística permite à Secretaria da Saúde fazer o mapeamento da área, verificar a proximidade de humanos e decidir se há tempo para coleta da amostra. O aplicativo é georreferenciado e funciona via satélite, o que significa que não precisa de internet para pegar as coordenadas em áreas de mata. Além disso, o SISS-Geo é um aplicativo gratuito que qualquer pessoa pode usar para enviar fotos de animais e receber a identificação da espécie. (Repórter: Gabriel Ramos)