Júri simulado engaja alunos da rede estadual ao estimular estudo das leis e direitos humanos
26/05/2023
Estimular a reflexão por meio do diálogo, debater opiniões divergentes e desenvolver as habilidades argumentativas dos alunos a partir do estudo da lei. Estes eram os objetivos iniciais da professora Thayuska Santos Soares, no início do semestre letivo, quando idealizou uma abordagem diferente para suas aulas de geopolítica: júris simulados com as turmas da 2ª série do ensino médio, do Colégio Estadual Cívico-Militar Yvone Pimentel, em Curitiba. Propostas como metodologia alternativa ao método de ensino tradicional, as atividades conquistaram forte engajamento entre os estudantes que, por meio das simulações, têm desenvolvido maior senso crítico, além da percepção da importância do debate de questões relacionadas aos direitos humanos, principalmente, diante de conflitos sociais. A ideia surgiu no final do ano passado. Com apoio da direção da escola, as simulações entraram para o rol de avaliações do semestre, cujo critério é a participação e envolvimento dos estudantes na atividade. Nos mesmos moldes de um julgamento real, as simulações começam com os ritos tradicionais. O arrolamento de testemunhas, as sustentações orais, as réplicas, as tréplicas e os protestos: cada ato protagonizado pelos próprios alunos e acompanhado pelo olhar cuidadoso da professora Thayuska. // SONORA THAYUSKA SANTOS //
Segundo a professora, a ideia é promover o debate como se, de fato, o réu ainda não tivesse sido julgado “no mundo real”. Considerada metodologia ativa de ensino, na qual o aluno é colocado como protagonista do processo de aprendizagem, os júris simulados têm promovido verdadeira transformação na rotina dos estudantes. A diretora da instituição, Maira Dalsante, ressalta que esta atividade dá liberdade aos alunos e os estimula a se desenvolverem por conta. Segundo a professora, já passaram pelas bancadas do colégio nomes como Bashar al-Assaad, ditador da Síria, Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, entre outros. Para a implementação da acusação, os alunos que se identificam com o papel da promotoria são incumbidos de desenvolver as sustentações do Ministério Público. Os promotores devem coletar informações, arrolar provas e elaborar uma argumentação a fim de condenar o réu. No júri simulado, os estudantes ficam responsáveis por esta acusação de forma convincente, com base nas tipificações elencadas na legislação brasileira. No outro polo argumentativo, os advogados de defesa buscam convencer o júri da inocência do acusado. Participam ainda testemunhas, que prestam informações sobre os fatos relacionados à infração sob o compromisso de dizer a verdade, e os jurados, que analisam os argumentos expostos e chegam a um veredicto, decidindo se o réu é culpado ou não. Para Thayuska, tal reconhecimento é a comprovação do sucesso da atividade, que deve ganhar novas edições ao longo dos próximos meses. (Repórter: Victor Luís)
Segundo a professora, a ideia é promover o debate como se, de fato, o réu ainda não tivesse sido julgado “no mundo real”. Considerada metodologia ativa de ensino, na qual o aluno é colocado como protagonista do processo de aprendizagem, os júris simulados têm promovido verdadeira transformação na rotina dos estudantes. A diretora da instituição, Maira Dalsante, ressalta que esta atividade dá liberdade aos alunos e os estimula a se desenvolverem por conta. Segundo a professora, já passaram pelas bancadas do colégio nomes como Bashar al-Assaad, ditador da Síria, Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, entre outros. Para a implementação da acusação, os alunos que se identificam com o papel da promotoria são incumbidos de desenvolver as sustentações do Ministério Público. Os promotores devem coletar informações, arrolar provas e elaborar uma argumentação a fim de condenar o réu. No júri simulado, os estudantes ficam responsáveis por esta acusação de forma convincente, com base nas tipificações elencadas na legislação brasileira. No outro polo argumentativo, os advogados de defesa buscam convencer o júri da inocência do acusado. Participam ainda testemunhas, que prestam informações sobre os fatos relacionados à infração sob o compromisso de dizer a verdade, e os jurados, que analisam os argumentos expostos e chegam a um veredicto, decidindo se o réu é culpado ou não. Para Thayuska, tal reconhecimento é a comprovação do sucesso da atividade, que deve ganhar novas edições ao longo dos próximos meses. (Repórter: Victor Luís)