Laboratório da UEL pede novos doadores de sangue para transfusão em cães
03/02/2023
O Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, primeiro do País a ser registrado como um banco de sangue de cães e gatos, quer atrair novos doadores. Isso porque a demanda por sangue, especialmente de cães com anemia, aumentou bastante. Atualmente a unidade conta com cerca de 40 cães voluntários. O local também faz coleta para transfusões em gatos. A captação do sangue é feita sem o uso de sedativos. Por conta disso, é importante que os doadores sejam dóceis para que permaneçam por cerca de 10 minutos imóveis, sem prejudicar a coleta. Os cães precisam ter entre 2 e 8 anos e no mínimo 26 kg, além de estarem com as vacinas em dia. No caso das fêmeas, é importante que os tutores aguardem cerca de 15 dias desde o último período fértil e se certifiquem de que ela não está esperando filhotes. Como cada animal pode realizar no máximo quatro doações por ano, ou seja, uma a cada três meses – assim como os humanos – o atual volume de doações não supre a necessidade do Hospital Veterinário da UEL, referência para casos graves em toda a Região Metropolitana de Londrina. Por conta dos critérios para a doação, cães de raças que desenvolvem maior porte acabaram se tornando referências para os pacientes diagnosticados com anemia ou que tenham sido vítimas de acidentes. Dentre os doadores, destacam-se os rottweilers, labradores, além de cães das raças pit bull, akita, são bernardo, pastor alemão e golden retriever. Para garantir que não ocorra a contaminação do sangue coletado, a equipe do laboratório utiliza as mesmas bolsas usadas na coleta de sangue humano. Gesto de generosidade que pode ser decisivo para salvar a vida de um animalzinho de estimação, a doação também pode ser muito benéfica para os animais doadores. Isso porque o plasma coletado passará por uma análise laboratorial que poderá constatar doenças ou alterações. Assim como nos humanos, as causas da anemia em cães têm origem em doenças autoimunes, dieta inadequada que pode derrubar as taxas de ferro no sangue e, ainda, doenças causadas por parasitas. O Projeto Vida conta com 20 alunos do curso de graduação em Medicina Veterinária da UEL que atuam na captação dos doadores, coleta, separação, armazenamento, controle de qualidade e transfusão do sangue. Mais informações podem ser solicitadas pelo WhatsApp (43) 9 9192 2255 ou pelo perfil do projeto no Instagram. (Repórter: Alexandre Nassa)