Milho chega ao fim do ano como principal aposta do produtor paranaense, aponta Deral

18/12/2025
O avanço do milho marca o fechamento de 2025 no campo paranaense. O dado aparece na última Previsão Subjetiva de Safra e no Boletim Conjuntural do ano, divulgados pelo Deral da Secretaria da Agricultura. Os levantamentos mostram um produtor mais atento ao mercado, ajustando área, buscando eficiência e tomando decisões alinhadas ao clima e à demanda. Por ser o último levantamento do ano, a previsão de dezembro traz as primeiras estimativas da segunda safra 2025/2026. Os números indicam estabilidade na primeira safra e confirmam o milho como cultura em expansão na segunda safra, com redução de área do feijão. A tendência é de fortalecimento contínuo do milho, que deve se consolidar como a principal cultura do Paraná em volume produzido, aproximando-se ou até superando a soja nos próximos anos. A força do milho está ligada à demanda crescente, principalmente das cadeias de frango, suínos, bovinos e peixes, além da alta produtividade por hectare e da versatilidade de uso industrial. É o que explica o analista técnico do Deral, Edmar Gervásio. // SONORA EDMAR GERVÁSIO //

A soja, mesmo com desafios climáticos pontuais, mantém expectativa de boa produtividade na maior parte do Paraná. O milho da primeira safra também apresenta desempenho positivo, favorecido pelo ciclo mais longo e maior resistência às variações do clima. A mandioca segue como destaque. O Paraná lidera a produção nacional destinada à indústria. Apesar de um período mais seco ter dificultado a colheita e levado parte das lavouras para dois ciclos, os preços permaneceram equilibrados, ajudando a manter o mercado estável. O Boletim Conjuntural reforça esse cenário de ajustes e oportunidades. O milho confirma área recorde na segunda safra. O feijão passa por redução de área, com produção estimada em cerca de 745 mil toneladas no ciclo 2025/2026. A suinocultura registra crescimento recorde no terceiro trimestre de 2025, com alta no abate e nas exportações. No setor leiteiro, mudanças regulatórias trouxeram mais segurança ao produtor. A avicultura mantém a liderança nacional, com mercado interno aquecido. As exportações de ovos crescem em volume e receita. A carne de peru amplia participação externa, e o mel enfrenta desafios internacionais, mas com preços mais altos, mantendo o Paraná entre os principais exportadores do país. (Repórter: Gabriel Ramos)